Varejo brasileiro registra queda de 4,2% na comparação entre maio e junho, aponta Índice do Varejo Stone – Money Times


(Imagem: REUTERS/Andrew Kelly)

As vendas do comércio brasileiro apresentaram uma queda de 4,2% em junho na comparação com maio, de acordo com o Índice do Varejo Stone (IVS). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a queda foi ainda maior, de 4,6%. No acumulado do primeiro semestre de 2025, o volume de vendas do varejo registra baixa de 0,5% em comparação com o segundo semestre de 2024.

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No recorte entre o comércio digital e físico, o comércio digital apresentou retração de 4,5% em junho, enquanto o varejo físico também recuou, com queda de 3,4%. No comparativo anual, o digital encolheu 10,6%, e o físico teve recuo de 4%.

Todos os oito segmentos analisados pelo IVS apresentaram queda no mês. O setor de Móveis e Eletrodomésticos liderou as perdas, com retração de 6,4%, seguido por Material de Construção (6,3%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (4,3%) e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (3,7%). Também caíram Artigos Farmacêuticos (2,8%), Tecidos, Vestuário e Calçados (2,3%), Combustíveis e Lubrificantes (1,7%) e Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (0,3%).

No comparativo anual por segmentos, apenas o setor de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria teve alta, de 1,5%. As maiores quedas foram em Móveis e Eletrodomésticos (–8,7%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (–6%), Material de Construção (–5,8%) e Hipermercados e Supermercados (–4,3%).

Cenário macroeconômico

O economista e cientista de dados da Stone, Guilherme Freitas, afirma que os dados de junho “reforçam a leitura de que a economia brasileira está passando por um momento de perda de fôlego”. Segundo ele, apesar da geração de empregos formais e da queda na taxa de desemprego, o mercado de trabalho já mostra sinais de desaceleração.

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“A inflação vem desacelerando, mas esse movimento parece estar mais ligado à fraqueza da atividade econômica do que a ganhos estruturais. E o alto comprometimento da renda das famílias com dívidas segue sendo um fator de pressão sobre o consumo”, observa.

Foi divulgado nesta quinta-feira (10) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A inflação subiu 0,24% em junho, o que mostra uma desaceleração em relação à alta de 0,26% apurada em maio.

Na análise por perfil de consumo, os setores mais sensíveis à renda caíram 3,7% em junho, enquanto os setores sensíveis ao crédito recuaram 3,9%. No comparativo anual, as quedas foram de 3,4% e 5%, respectivamente. O acumulado do semestre mostra baixas mais suaves: –0,2% e –0,3%.

Os segmentos ligados à renda incluem supermercados e farmácias, enquanto os sensíveis ao crédito englobam móveis, eletrodomésticos, vestuário e veículos — todos com consumo mais esporádico e maior valor agregado.

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Apenas quatro estados apresentaram crescimento anual nas vendas: Amapá (4,5%), Tocantins (3,8%), Roraima (3,7%) e Pernambuco (0,4%). No restante do país, o movimento foi de retração, com destaque para o Rio Grande do Sul (–14%), ainda afetado por efeitos das enchentes, além de Amazonas (–7%), Mato Grosso do Sul (–6,5%) e Distrito Federal (–4,9%).

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Fonte: Money Times

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