Trump assina maior corte de impostos desde 2017 — e dívida deve subir US$ 3 trilhões

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou um grande pacote de cortes de impostos e gastos em uma cerimônia na Casa Branca nesta sexta-feira (4), um dia depois de a Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, ter aprovado por uma margem estreita a principal legislação de seu segundo mandato.

A nova lei financiará a repressão imigratória de Trump, tornará permanentes seus cortes de impostos de 2017 e deverá tirar milhões de norte-americanos do seguro saúde. O projeto foi aprovado por 218 votos a 214 após um debate intenso no plenário da Câmara.

“Nunca vi pessoas tão felizes em nosso país por causa disso, porque muitos grupos diferentes de pessoas estão sendo atendidos: militares, civis de todos os tipos, empregos de todos os tipos”, disse Trump na cerimônia, agradecendo ao presidente da Câmara, Mike Johnson, e ao líder da maioria no Senado, John Thune, por liderarem o projeto de lei nas duas Casas do Congresso.

“Portanto, vocês têm o maior corte de impostos, o maior corte de gastos, o maior investimento em segurança de fronteira da história norte-americana”, disse Trump.

O presidente programou a cerimônia no gramado sul da Casa Branca para o feriado de 4 de julho, Dia da Independência, com direito a uma apresentação aérea de bombardeiros furtivos e caças como os que participaram dos recentes ataques dos EUA a instalações nucleares no Irã. Centenas de apoiadores de Trump compareceram, incluindo assessores da Casa Branca, membros do Congresso e famílias de militares.

A aprovação da proposta representa uma grande vitória para Trump e seus aliados republicanos, que argumentaram que ela impulsionará o crescimento econômico, ao mesmo tempo em que descartam uma análise apartidária que prevê adição de mais de US$ 3 trilhões à dívida atual do país, de US$ 36,2 trilhões.

Embora alguns parlamentares do partido de Trump tenham expressado preocupações sobre o custo do projeto de lei e seu impacto nos programas de saúde, no final, apenas dois dos 220 republicanos da Câmara votaram contra, juntando-se a todos os 212 democratas na oposição.

O tenso impasse sobre o projeto de lei incluiu um discurso com duração recorde no plenário do líder democrata da Câmara, Hakeem Jeffries, que falou por oito horas e 46 minutos, criticando o projeto como uma dádiva aos ricos, que tiraria dos norte-americanos de baixa renda o seguro saúde e os benefícios de auxílio alimentar.

Fonte: Invest News

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