Bessent diz não tem como cumprir pagamentos sem ampliar teto (REUTERS/Jonathan Drake/File Photo/File Photo)
O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, estendeu nesta quarta-feira a autoridade do departamento para continuar usando medidas extraordinárias de gestão de caixa a fim de evitar o estouro do teto da dívida federal por quase um mês, até 24 de julho.
Bessent afirmou, em uma carta enviada aos líderes do Congresso, que determinou que o “período de suspensão da emissão de dívida”, anteriormente programado para expirar na sexta-feira, precisava ser prorrogado.
Essa declaração permite ao Tesouro suspender o financiamento de fundos de pensão e assistência médica para aposentados do governo que não são necessários para o pagamento imediato de benefícios.
Bessent estimou que o Tesouro não conseguiria mais cumprir todas as suas obrigações sem um aumento ou suspensão do limite da dívida em algum momento entre o meio e o fim do verão dos Estados Unidos (julho a setembro).
Sua carta não forneceu atualizações específicas sobre esse prazo, embora ele tenha dito a repórteres na terça-feira que a chamada “data X” do teto da dívida poderia mudar se os tribunais interferissem nas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, que geraram um recorde de US$ 23 bilhões em receitas alfandegárias durante o mês de maio.
Mas a extensão até 24 de julho pareceu, em parte, ter como objetivo manter a pressão sobre o Congresso para aumentar o teto da dívida como parte de um grande pacote fiscal antes do tradicional recesso de agosto.
“Com base em nossas estimativas atuais, continuamos acreditando que o Congresso deve agir para aumentar ou suspender o teto da dívida o quanto antes, antes do recesso programado de agosto, a fim de proteger a plena fé e crédito dos Estados Unidos”, disse Bessent na carta.