Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica lança guia para prevenir trombose em parceria com o Aché

As novas regras para cirurgias bariátricas e metabólicas, divulgadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 20 de maio, devem aumentar o número de procedimentos no Brasil. Isso ampliará o acesso ao tratamento da obesidade, uma condição que afeta um em cada três brasileiros, segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2025, da Federação Mundial da Obesidade (World Obesity Federation – WOF). Apesar da boa notícia, é importante lembrar que a cirurgia bariátrica, como qualquer intervenção, apresenta riscos. Entre eles, o tromboembolismo venoso (TEV) é um dos mais graves.

Para reduzir esses riscos, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), em parceria com o Aché Laboratórios Farmacêuticos, desenvolveu um guia inédito. O documento traz orientações para prevenir a trombose, que pode causar embolia pulmonar. As recomendações incluem o uso de medicamentos e dispositivos de compressão mecânica nas pernas.

“A parceria com o Aché foi essencial para a criação do guia. Analisamos 19 estudos científicos e contamos com a colaboração de especialistas, como cirurgiões bariátricos, angiologistas e intensivistas. Também incluímos recomendações de sociedades médicas internacionais e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Vascular. Nosso objetivo é claro: salvar vidas”, afirma o Dr. Luiz Vicente Berti, sócio-fundador e vice-presidente executivo da SBCBM.

Novas regras ampliam acesso à cirurgia bariátrica

As mudanças nas diretrizes do CFM permitem que pacientes a partir de 14 anos, com obesidade grave (IMC acima de 40) e comorbidades, possam realizar a cirurgia bariátrica. Para isso, é necessário o consentimento dos responsáveis legais e da equipe médica.

Adolescentes entre 16 e 18 anos agora seguem os mesmos critérios dos adultos. A cirurgia é indicada para quem tem IMC acima de 40, mesmo sem comorbidades, ou IMC entre 30 e 39,9, desde que associado a doenças relacionadas.

“Essas mudanças refletem o que há de mais avançado na ciência. Elas comprovam que a cirurgia bariátrica é segura, eficaz e duradoura. Além disso, não interfere no crescimento dos adolescentes”, explica o Dr. Berti.

O Brasil já é o segundo país do mundo em número de cirurgias bariátricas, atrás apenas dos Estados Unidos. Nos últimos quatro anos, o número de procedimentos aumentou 42,4%. Com as novas regras, espera-se que esse número cresça ainda mais. Isso significa mais acesso ao tratamento, mas também exige maior atenção aos riscos.

Tromboembolismo Venoso (TEV): prevenção é essencial

O tromboembolismo venoso é uma das complicações mais graves no pós-operatório de cirurgias bariátricas. Ele é responsável por cerca de 348 mil mortes anuais. Pacientes obesos apresentam fatores de risco adicionais, como mobilidade reduzida, alterações na circulação sanguínea e um estado inflamatório crônico.

“Mais de 90% dos pacientes obesos têm comorbidades. Por isso, é fundamental que sejam preparados antes de qualquer cirurgia, incluindo a bariátrica. Isso ajuda a minimizar os riscos de complicações”, alerta o Dr. Berti, que possui mais de 30 anos de experiência e mais de cinco mil cirurgias realizadas.

O guia da SBCBM e do Aché oferece orientações práticas e baseadas em evidências. Ele aborda desde o uso de medicamentos até dispositivos de compressão nas pernas. O documento está disponível gratuitamente na plataforma Cuidados Pela Vida, do Aché, que promove educação médica continuada.

“O compromisso do Aché é levar mais vida às pessoas. Isso inclui investimentos em iniciativas que promovam a atualização científica e a segurança dos pacientes”, celebra o Dr. Stevin Zung, Diretor Executivo Médico-Científico do Aché.

Leia os novos parâmetros no site da SBCBM.

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Fonte: Saúde Business

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