SERGIPE, A DISNEYLÂNDIA DOS CONCHAVOS

MITIDIERI, MÁRCIO MACEDO E ANDRE MOURA X O DESTINO DE SERGIPE

Na sexta-feira, dia 03, no salão enfumaçado de um hotel em Aracaju, três peças raras do zoológico político nacional se encontraram. De um lado, Fábio Mitidieri (PSD), o governador de fala mansa e promessas elásticas. De outro, André Moura, ex-deputado, sobrevivente de mais processos do que uma vara criminal aguenta numa semana. Ao fundo, Márcio Macêdo (PT), ministro de Lula, um estrategista que acha que política se resolve com o charme de reunião de diretório.

Conversaram como velhos camaradas — e talvez sejam — sobre o quê? 2026, é claro. Porque no Brasil, pensar no próximo pleito começa antes do cafezinho esfriar. A foto corre pelos celulares de líderes partidários como figurinha rara de álbum.

A presença de Moura foi a pimenta da noite. Ele, que trata o senador Alessandro Vieira (MDB) como se fosse um vírus em pandemia, e mantém relação com Edvaldo Nogueira (PDT) no nível de “não me telefone, eu te ligo”. Já Márcio Macêdo enfrenta sua própria guerra civil dentro do PT, tentando vender a ideia de duas candidaturas ao Senado enquanto Rogério Carvalho segura sua vaga como se fosse a última boia do Titanic.

Se foi articulação ou apenas um gesto de falsa cordialidade, não importa: em Sergipe, o que parece, geralmente é. E o que é, quase sempre, pior do que parece.

Tarciso de Araújo Souza

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