Com a evolução do setor de saúde, o desafio das instituições de se modernizar para lidar com demandas crescentes por eficiência, sustentabilidade e atendimento centrado no paciente só aumentou. Frente a esses desafios, tecnologias digitais têm se consolidado como aliadas estratégicas para hospitais, operadoras e farmacêuticas que buscam integrar dados, automatizar processos e qualificar a jornada do cuidado.
Foi nesse contexto que, há oito anos, a Salesforce lançou no Brasil sua vertical de saúde, apoiada em mais de 25 anos de experiência global no setor. Desde então, vem se consolidando como parceira estratégica na oferta de soluções que impulsionam a transformação digital e promovem um ecossistema mais conectado e sustentável.
“Não queremos apenas modernizar a tecnologia, mas gerar impacto real na eficiência do sistema e no bem-estar das pessoas”, afirma Riskalla Laskani, diretor de Healthcare and Life Sciences da Salesforce para a América Latina.
O executivo destaca que a indústria da saúde é responsável por mais de 30% de todos os dados gerados no mundo, mas apenas uma fração é utilizada de forma efetiva. No Brasil, essa ineficiência representa um custo superior a R$ 30 bilhões por ano, segundo o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), principalmente devido a fraudes, falhas administrativas e exames duplicados.
A estratégia da Salesforce é transformar esse cenário ao unificar dados e automatizar processos, criando uma visão 360º do paciente e liberando os profissionais de tarefas operacionais.
“Capacitamos as organizações a se tornarem genuinamente centradas no paciente, promovendo um cuidado mais proativo e humanizado”, completa Riskalla.
Tecnologia como pilar central
A empresa estruturou uma espinha dorsal tecnológica capaz de integrar informações clínicas e administrativas, reunindo dados do paciente e da rede credenciada em uma única plataforma. Para a indústria farmacêutica e de MedTech, desenvolveu recursos que apoiam desde ensaios clínicos até programas de suporte ao paciente.
Essa base é potencializada por um motor de dados que consolida informações clínicas e não clínicas em tempo real, dispensando cópias redundantes, enquanto a camada de inteligência artificial (IA) adiciona análises preditivas e proativas.
“Com dados unificados, a IA se torna exponencialmente mais poderosa. Nossos agentes de IA podem resumir históricos de pacientes, automatizar agendamentos ou até apoiar representantes farmacêuticos com insights estratégicos”, destaca Riskalla.
Casos de impacto no Brasil
A Salesforce atende centenas de clientes no ecossistema nacional. A SulAmérica, por exemplo, aprimorou o atendimento e elevou a humanização do cuidado; o Hospital Israelita Albert Einstein modernizou a jornada do paciente com comunicação personalizada; a Viveo integrou mais de 20 empresas e processa diariamente mais de 3 mil validações automatizadas; e a Wellhub (antigo Gympass) aumentou significativamente o engajamento em programas de bem-estar.
Informações clínicas e não clínicas são integradas para além do registro médico. “Nossa plataforma enxerga o paciente como pessoa, não apenas como dado clínico. Isso permite que gestores antecipem riscos, personalizem planos de cuidado e melhorem desfechos de saúde”, afirma o executivo.
Humanização e ética em primeiro plano
Apesar do avanço tecnológico, a Salesforce defende que a IA deve estar a serviço do humano. “A IA automatiza tarefas repetitivas e analisa dados complexos, mas quem toma as decisões críticas e garante a empatia é sempre o profissional de saúde”, ressalta. O compromisso ético inclui governança rigorosa de dados, respeito à LGPD e um framework de IA responsável.
Essa filosofia também se conecta às práticas de ESG. A empresa busca reduzir desigualdades de acesso, eliminar desperdícios como exames duplicados e manter operações globais neutras em carbono, além de apoiar diversidade e inclusão na força de trabalho.
O futuro com agentes proativos
O próximo passo da Salesforce é a expansão de agentes de IA proativos, capazes de coordenar fluxos complexos, como o cuidado pós-alta ou a gestão de populações de pacientes crônicos. “São verdadeiros copilotos para médicos e pacientes, acelerando tendências como saúde preditiva, cuidado descentralizado e hiperpersonalização”, projeta Riskalla.
A visão de longo prazo, segundo o executivo, é consolidar um ecossistema em que dados, automação e IA garantam eficiência, mas sem perder o foco na dimensão humana do cuidado.
“A tecnologia nunca substituirá a empatia. Nosso papel é liberar tempo e recursos para que os profissionais façam o que ninguém mais pode: cuidar das pessoas”, conclui.