O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta mais de 70 milhões de pessoas no mundo, sendo mais de 2 milhões no Brasil. Esse transtorno do neurodesenvolvimento pode gerar desafios na comunicação, linguagem e comportamento. Compreender essas especificidades é essencial para construir uma sociedade mais inclusiva e respeitosa. Nesse contexto, o Grupo Sabin busca implementar ações concretas que promovem acolhimento e transformam a experiência de seus pacientes.
Compromisso com o diagnóstico precoce e atendimento humanizado
No Sabin, o cuidado começa com a informação e o diagnóstico precoce. Maria Alice Escalante, Gerente de Qualidade e Sustentabilidade do Grupo Sabin, explica que a avaliação clínica multidisciplinar, aliada a testes genéticos quando necessário, é fundamental para oferecer suporte adequado às pessoas com TEA e suas famílias. Além disso, ela reforça a importância de um atendimento acolhedor e humanizado em todas as etapas dessa jornada.
Nos últimos anos, o Grupo Sabin deu um passo importante ao incluir, em seu Conselho de Clientes, a mãe de um paciente com TEA. Essa iniciativa permitiu que a empresa compreendesse melhor as necessidades desse público. A partir das informações coletadas, o Núcleo de Experiência do Cliente (NEC) desenvolveu um projeto exclusivo para atender pessoas com TEA, reforçando o compromisso do Sabin com a inclusão.
Núcleo de Experiência do Cliente
O NEC desempenha um papel estratégico na gestão da satisfação dos clientes. A equipe analisa indicadores, implementa melhorias contínuas e garante que os processos de atendimento evoluam constantemente.
Em 2024, o NEC aplicou diversas melhorias com base nas opiniões e reclamações dos clientes. Segundo Escalante, as iniciativas voltadas ao público TEA foram planejadas com cuidado e estão sendo implementadas de forma criteriosa. Dessa maneira, o Sabin garante que as ações atendam plenamente às necessidades desse público.
Capacitação de colaboradores
O interesse dos colaboradores em desenvolver habilidades para atender pessoas com TEA motivou o Sabin a criar uma trilha de desenvolvimento na plataforma Unisabin. Em parceria com o Instituto Steinkopf, referência nacional em autismo, o curso foi elaborado por especialistas e combina teoria e prática. Desde sua implementação, em dezembro de 2024, mais de 2.600 colaboradores já concluíram a capacitação.
Sala adaptada
Uma das iniciativas mais inovadoras do Sabin foi a criação de uma sala adaptada para atender pessoas com TEA. O espaço, atualmente em funcionamento em Brasília, conta com iluminação ajustável, painel tátil, brinquedos lúdicos, pufes e mantas. Além disso, um livro ilustrativo detalha o processo de atendimento, proporcionando previsibilidade e conforto aos pacientes.
“Sabemos que muitas pessoas com TEA preferem saber como tudo vai acontecer para se sentirem confortáveis. Por isso, criamos um livro, com o apoio de um paciente autista, que ilustra todo o processo, desde a chegada até o desjejum. Isso proporciona previsibilidade e acolhimento”, explica Escalante.
O atendimento personalizado começa no momento em que o paciente se identifica como TEA. A partir daí, ele é direcionado a um guichê específico e, em seguida, à sala adaptada para a coleta. Escalante destaca que o TEA possui diferentes espectros e, por isso, a padronização não é suficiente. É necessário compreender os aspectos comportamentais para oferecer uma experiência personalizada e flexível.
Expansão e atendimento domiciliar
Outras regionais do Sabin, como Blumenau (SC), já contam com espaços infantis adaptados ao público TEA, incluindo painéis e brinquedos sensoriais. Além disso, o grupo remodelou o treinamento das equipes de coleta domiciliar, oferecendo a possibilidade de realizar exames em casa. Essa alternativa proporciona um ambiente mais seguro e confortável para muitas famílias.
“Esse cuidado reflete nosso compromisso com a humanização do atendimento e o cuidado integral dos pacientes. Queremos proporcionar uma experiência mais leve e agradável para todos”, afirma Maria Alice.
Mapa do Autismo: dados para transformar a realidade
O Instituto Sabin, braço de investimento social do grupo, patrocina o Mapa Autismo Brasil (MAB), um levantamento não governamental que busca fornecer um panorama abrangente sobre pessoas diagnosticadas com TEA no país. O projeto visa suprir a falta de dados demográficos atualizados, influenciando a criação de políticas públicas e estudos relacionados ao autismo.
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