Rami Malek tenta engrenar depois de seu Oscar com ‘Operação Vingança’

Malek interpreta Charles Heller, analista da CIA que trabalha decodificando dados secretos – inclusive documentos de ações ilegais sancionadas por seu chefe imediato na agência. Seu mundo vira ao avesso quando sua mulher (Rachel Brosnahan), em viagem a Londres, é morta por um grupo terrorista. Tomado pelo pesar, ele rapidamente descobre a identidade dos assassinos, mas percebe que a CIA, por motivos estratégicos, opta por não agir.

Em uma reviravolta que só poderia existir na ficção, Charles decide chantagear seu superior, Alex Moore (Holt McCallany): ele quer ser treinado como agente de campo para caçar os terroristas e vingar sua esposa, do contrário vai expôr os documentos que comprometem o alto escalão da agência. Acuado e reticente, Moore topa, colocando Charles, sujeito retraído sem nenhum instinto assassino, para ser treinado por Henderson (Laurence Fishburne), agente casca grossa da CIA.

Rami Malek em ‘Operação Vingança”: nem Bond, nem Bourne Imagem: 20th Century Studios

Embora difícil de engolir, a premissa de “Operação Vingança” sugere um thriller de espionagem à moda antiga, com um super espião rodando o mundo em uma missão de vingança pontuada por sequências de ação eletrizantes. Não é esse, contudo, o filme assinado por James Hawes. Veterano da TV britânica, o diretor conduz a trama com seriedade extrema, sufocando qualquer leveza que possa contribuir para a suspensão da descrença.

Assim, somos levados a crer que o personagem de Malek consegue, num piscar de olhos, elaborar sob pressão planos complexos não só para localizar e eliminar seus alvos, como também se manter rodando por toda a Europa constantemente à frente da CIA. Mesmo apresentado como um agente com QI acima do normal, ele ainda é um sujeito mais à vontade na frente de um computador, e não como caçador e assassino de terroristas internacionais.

Não é a primeira vez que essa história ganha os cinemas. “Operação Vingança” (título genérico nível VHS da América Vídeo com Charles Bronson) foi adaptado em 1981 por Charles Jarrott, que antes rodara duas aventuras Disney, “A Última Viagem da Arca de Noé” e “Condorman”. Robert Littell, ex-militar da Marinha e correspondente estrangeiro durante a Guerra Fria, que escreveu duas dezenas de thrillers de espionagem após de aposentar, assinou o roteiro que adaptava seu livro “The Amateur”.

Fonte: UOL

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