Após falhar a qualificação para os Jogos Olímpicos de 1996, Kerr se virou para o MMA. A sua estreia absoluta no World Vale Tudo Championship, no Brasil em 1997, foi arrasadora: venceu três oponentes consecutivos. A sua combinação de wrestling de elite e golpes no solo rendeu a alcunha que daria nome ao filme: “The Smashing Machine” (A Máquina de Esmagar). Nove das suas primeiras 11 lutas duraram 184 segundos ou menos.
“Eu não acho que o Mark gostasse de magoar pessoas, mas ele era muito bom nisso”, refletiu mais tarde John Hyams, o realizador do documentário. “Acho que isso era parte da sua luta interna.”
O sucesso no Brasil abriu-lhe as portas do UFC, mas a controvérsia em torno do esporte nos EUA levou Kerr ao Japão, para o lucrativo PRIDE Fighting Championship. Foi lá que se tornou uma estrela global, chegando a ganhar cerca de US$ 1,8 milhão, um valor bastante alto para lutares àquela época.

No entanto, as lesões acumuladas o levaram para um pesadelo: o vício em analgésicos. “Sempre que uma luta se aproximava, ele estava bastante assustado”, recordou o colega lutador Mark Coleman. “Ele estava intimidado por toda a situação e isso provavelmente o levou a usar analgésicos.”
Fonte: UOL