Enquanto Sony e Universal ainda avaliavam a proposta de “Pecadores”, somente os copresidentes da Warner Bros., Pam Abdy e Michael DeLuca, demonstraram disposição para aceitar os termos inéditos de Ryan Coogler. A decisão destacou não somente o poder de barganha do diretor após o sucesso bilionário de “Pantera Negra”, mas também a aposta arriscada da Warner em um projeto tão ambicioso, e em condições que poderiam redefinir as regras do jogo na indústria.
O que pode ter convencido a Warner a aceitar os termos para “Pecadores” é seu grande potencial comercial. O filme é uma mistura de gêneros (terror e drama histórico) estrelado por Michael B. Jordan, um dos queridinhos de Hollywood, e conta com elementos únicos, como vampiros e ocultismo. Segundo o Box Office Mojo, o filme já arrecadou US$ 61 milhões (R$ 357 milhões) mundialmente —nos EUA, estreou na última sexta.
Acordos como este são raros porque os estúdios mantêm tradicionalmente os direitos perpétuos de suas produções. A exigência de Coogler reflete uma mudança de paradigma, em que cineastas de grande influência buscam maior controle sobre suas obras a longo prazo.
Fonte: UOL