A guerra na Ucrânia está começando a afetar a economia russa, que está enfrentando uma desaceleração acentuada devido à receita do petróleo e sanções ocidentais. O país está “prestes a recuperar”, disse Maxim Sewnikov, ministro da Economia, durante o Fórum de São Petersburgo-o chamado “Russian Davos”-em junho.
O Presidente Vladimir Putin redigiu imidadamente essa avaliação, ansiosa por elogiar a resiliência da Rússia diante das sanções. Mas o número de não mentir. Em julho, o Fundo Monetário Internacional reduziu sua previsão de crescimento para o país de 1,5% para 0,9% em 2025. Isso está muito longe dos ratos espetaculares de 4% observados em 2023 e 2024, quando o estado dedicou todos os seus recursos financeiros à guerra.
Outro sinal preocupante: o déficit orçamentário explodiu, atingindo, de acordo com o ministro das Finanças, 4,9 trilhões de rublos (cerca de 56 bilhões de euros) no final de julho – uma onda de 30% em comparação com a meta anual estabelecida pelo governo. A desaceleração econômica, a queda nas receitas de petróleo e gás, bem como o esgotamento dos fundos de reserva – praticamente exausto após três anos de guerra – compõem uma nova realidade: os cortes estão chegando. O ministro das Finanças achará difícil reduzir os gastos com defesa e segurança, que representam pouco mais de 40% das despesas. Portanto, o governo terá que reduzir as contribuições sociais, bem como o apoio às indústrias civis.
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Fonte: Le Monde