PL fica com Edvan Amorim ou Rodrigo Valadares?

Legenda: Disputa pelo PL de Sergipe pode terminar em acordo e união do grupo oposicionista

 

Se for considerado o crescimento do partido sob o comando de Edvan Amorim, não há dúvidas: ele merece continuar na presidência e preparar o partido para as difíceis eleições de 2026.

O Brasil inteiro sabe que episódio como esse que está acontecendo em Sergipe envolvendo o comando do PL são comuns, corriqueiras e até naturais no mundo político. Afinal, o que o PL enfrenta agora, outras siglas já enfrentaram e outras inda vão passar por isso.

Acredito que o mais importante é avaliar quem tem mais cacife e poder de comando para enfrentar uma eleição importante e difícil em 2026, onde as disputas pelo governo e senado serão terríveis se considerarmos apenas o contexto do momento., quando nomes de peso estarão na disputa para o Congresso Nacional e para o governo de Sergipe.

Por isso, guardadas as devidas proporções e considerando a atuação de Edvan Amorim e Rodrigo Valadares em relação ao PL sergipano, claro que Amorim tem todas as condições de continuar comandando a agremiação e, mais que isso, colocá-la num patamar ainda maior do que já alcançou.

Afinal, é preciso lembrar que foi, sob o comando de Edvan Amorim, que o PL avançou bastante e com resultados expressivos, com destaque para a eleição de Emília Corrêa para a Prefeitura de Aracaju, um fato histórico em vários aspectos, especialmente por ser a primeira mulher eleita para o cargo.

Além dela, o PL elegeu os prefeitos de Itabaiana, Areia Branca, Carmópolis, Pinhão e Nossa Senhora Aparecida. Junte-se a isso os vereadores de Aracaju Lúcio Flávio e Moema Valadares. Já na Assembleia Legislativa o PL tem três representantes: Marcos Oliveira, Pato Maravilha e Netinho. E na Câmara Federal, o PL tem o deputado Ícaro de Valmir.

Outro fato que deve ser considerado: em pleno período de construção de alianças, a troca de presidência pode gerar consequências sérias para a oposição. Afinal, o PL é a agremiação com maior “poder de fogo” e com condições de contribuir para mudar o perfil das eleições majoritárias e proporcionais em Sergipe no próximo ano.

O mais grave ainda pode acontecer ao partido com a possível saída de Edvan e a chegada de Rodrigo: uma debandada em grupo das pessoas mais ligado ao atual presidente, ou seja, a possível chegada de Rodrigo para presidência pode inclusive levar a desfiliação de deputados e prefeitos. Há quem diga que Rodrigo está tranquilo quanto a isso e acredita em reversão. Já aliados de Edvan, no entanto, garantem que é “caminho sem volta”.

Um posicionamento da prefeita de Aracaju Emília Corrêa, entretanto, busca uma saída consensual, pacífica, pois para ela é importante manter a unidade do grupo oposicionista com todas as forças para poder enfrentar as eleições de 2026 com chances de obter bons resultados. Para ela, como uma líder, “é preciso união e equilíbrio” para superar obstáculos.

 

Por Toni Alcântara

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