Governador de Goiás fala em retorno ao sistema discricionário para evitar “constrangimento” ao presidente
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), disse confiar em um presidencialismo forte para conter os poderes do Legislativo. “Hoje você tem um parlamento movido a Pix? Isso não existe“, declarou na 2ª feira (9.jun.2025), durante entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura.
O pré-candidato à presidência disse que deseja acabar com os julgamentos virtuais no Congresso.
Ele defendeu o retorno ao modelo anterior de emendas, quando não eram impositivas. “Se você não tem a verba discricionária do orçamento, você vai governar como?”, afirmou.
Sobre a possibilidade de convencer líderes influentes do Congresso, como Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) ou Hugo Motta (Republicanos-PB), a abrir mão de seus recursos, argumentou que o sistema precisa respeitar a lógica constitucional.
“Se quiserem mudar para o parlamentarismo, tudo bem, façam a consulta e pronto, acabou. Não existe a figura do presidente. O primeiro-ministro vai tocar (…) agora no presidencialismo, não”, afirmou o governador.
Segundo Caiado, as emendas devem servir para cumprir o plano de governo, não para negociações políticas.
“Não tem discricionário que o presidente não possa usar. Então para que que tem ministro? Não precisa de ministro. Eu não tenho verba nenhuma. Figura decorativa”, afirmou.
Ele afirma que emendas não podem ser negociadas a ponto de “causar constrangimento” ao presidente da República.
Fonte: Poder 360