Onde assistir A Substância?

Quase toda mulher já quis apagar seu próprio reflexo, substituir o corpo e recomeçar mais jovem. E se existisse uma droga capaz de fazer isso? Bem, ela existe, ao menos no universo grotesco de “A Substância”, filme de terror estrelado por Demi Moore, que chega neste sábado, 4 de outubro, ao catálogo da HBO Max via UOL Play.

Vencedor de Melhor Roteiro no Festival de Cannes 2024, o longa foi aplaudido por 11 minutos e fez parte da plateia sair da sala enjoada. Não é exagero. É horror corporal em estado bruto, misturado com sátira, ficção científica e uma crítica feroz ao culto da juventude, alimentado desde sempre por uma indústria que consome e descarta mulheres como se fossem produtos vencidos.

Hoje, você vai entender por que o filme A Substância está sendo chamado de novo clássico do terror, o que torna a atuação de Demi Moore tão corajosa, e onde assistir com qualidade máxima. Mas atenção: essa não é uma indicação para quem tem estômago fraco. É para quem já se olhou no espelho e quis rasgar a própria pele.

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Qual é a trama de A Substância?

O longa começa quando Elisabeth Sparkle, uma atriz de sucesso nos anos 90 que, agora aos 50, tenta se manter relevante como apresentadora de um programa de ginástica. Mas a audiência despenca, os executivos perdem a paciência e ela é substituída por uma mulher mais jovem. Humilhada, descartada, invisibilizada. Até que surge a oferta de uma substância experimental, obtida de forma clandestina, que promete o impossível.

O que essa droga faz? Ela cria uma duplicata — uma versão mais jovem, mais bonita e aparentemente perfeita de quem a consome. Literalmente. A nova mulher sai de dentro do corpo da anterior. No caso de Elisabeth, quem emerge é Sue, interpretada por Margaret Qualley, radiante, cheia de vida e pronta para roubar a cena e tudo mais que vier junto.

Mas o pacto tem regras. As duas versões precisam alternar o tempo de “existência” em turnos de uma semana. Uma vive, a outra apaga. Só que não demora muito para que o equilíbrio se quebre. Sue começa a gostar demais da vida que ganhou, e Elisabeth percebe que está desaparecendo do espelho, do mundo e de si mesma.

O que, a princípio, parecia uma proposta sedutora se torna um jogo de sobrevivência entre versões da mesma mulher. E é aí que o filme de terror corporal ganha força: o corpo de Elisabeth vira um campo de batalha. E o corpo, aqui, não é só físico. É símbolo, política e prisão.

O retorno de Demi Moore em uma atuação corajosa

Demi Moore está irreconhecível, e sim, isso é um elogio. Em A Substância, a atriz abandona o glamour de Hollywood para se entregar a um papel cru, vulnerável e, muitas vezes, repulsivo. É sua primeira incursão em um filme de terror, e o resultado é uma performance física e emocional que desafia qualquer ideia de vaidade.

Moore interpreta Elisabeth Sparkle, uma mulher destruída pela indústria que a transformou em ícone e depois a desprezou. O papel dialoga diretamente com a história da própria atriz, considerada um dos maiores sex symbols do cinema, que viu sua carreira minguar com o passar dos anos. O que ela faz aqui é quase um exorcismo. Ela se despe, literal e simbolicamente, da imagem idealizada que o público construiu sobre ela.

Margaret Qualley, no papel de Sue, é a outra metade da equação. Jovem, energética e sedutora, ela carrega o peso de representar o “ideal”. E o faz com maestria. Sua presença em cena é hipnotizante, e o contraste entre as duas atrizes constrói a tensão que é o coração do filme.

A crítica especializada aponta essa como a melhor atuação da carreira de Demi Moore, e com razão. Para quem ainda a associa aos tempos de Ghost, Striptease e Proposta Indecente, A Substância é um choque e uma prova de que grandes atrizes não desaparecem: elas voltam mais perigosas e potentes do que nunca.

Mais que terror: uma sátira brutal à indústria da beleza

À primeira vista, A Substância parece ser só um filme de terror corporal com cenas gráficas e efeitos exagerados. Mas basta alguns minutos para entender que o que está em jogo não é só a pele que se rasga ou o sangue que escorre. É o que esses corpos tensionados, moldados e menosprezados representam. O verdadeiro horror é real.

Elisabeth Sparkle, a protagonista, é a imagem de um sistema que exige que as mulheres sejam jovens, perfeitas e desejáveis o tempo todo. Ao menor sinal de idade, elas são empurradas para a margem. O que o filme faz é levar essa lógica ao extremo: a juventude deixa de ser ideal, e passa a ser produto. E como todo produto, ela tem um preço.

A diretora Coralie Fargeat não suaviza e escancara a violência estética que se normalizou: as cirurgias, os procedimentos, os cremes milagrosos, os corpos impossíveis. Mas faz isso com uma lente crítica implacável, e talvez por isso doa tanto.

O filme também cutuca a ideia de que a beleza é uma identidade construída, performada. Elisabeth e Sue não são só versões diferentes da mesma mulher, elas também são as camadas que todas as mulheres aprendem a vestir: a que agrada, a que luta, a que finge estar bem. E quando essas versões entram em conflito, o colapso não é só físico, ele é existencial.

Mais do que provocar nojo ou medo, A Substância provoca pensamento, e te faz encarar o espelho com outros olhos para talvez se perguntar: o que você já deixou de ser para se encaixar no que esperavam de você?

Onde assistir A Substância online?

Se você quer viver essa experiência desconcertante no conforto do sofá, mas com os nervos à flor da pele, A Substância chega no dia 4 de outubro ao catálogo da HBO Max via UOL Play.

E se você respira terror, se liga: em 26 de outubro, estreia na HBO Max IT: Welcome to Derry, a nova série que expande o universo de It: A Coisa com nove episódios inéditos e a promessa de se aprofundar nos traumas da cidade mais sombria de Stephen King.

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Fonte: UOL

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