O julgamento começa por suspeitos no ataque de Moscow Concert Hall que matou 149

Dezenove pessoas foram julgadas em Moscou na segunda -feira, 4 de agosto, sobre um ataque à sala de concertos da cidade que matou 149 pessoas em um dos ataques mais mortais da Rússia. Homens armados invadiram a prefeitura de açafrão nos arredores de Moscou em 22 de março de 2024, abrindo fogo e depois incendiando o prédio, ferindo pau de pessoas. O grupo do Estado Islâmico (IS) reivindicou responsabilidade.

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Os quatro atacantes suspeitos, todos da ex-República do Tajiquistão na Ásia Central e outras 15 pessoas acusadas de serem cúmplices foram julgadas. Um repórter da agência France-Presse (AFP) no tribunal viu alguns dos réus em gaiolas de vidro, as mãos algemadas nas costas. Cerca de 30 sobreviventes também estavam presentes.

Uma delas, Tatiana Ruzanova, disse à AFP que veio ao tribunal para os réus. “Todos eles se sentam em silêncio com as cabeças batendo em gaiolas (…) Eu não vi que elas se sentiram culpadas, todas tiveram a cabeça baixa”, disse Ruzanova. Na noite do ataque, ela chegou ao concerto do grupo de rock russo Piknik com um amigo, mas não chegou dentro do salão. “Vimos todos já no vestíbulo, talvez isso nos salvou. Inalamos a fumaça. Foi um milagre que não conseguimos”, disse Ruzanova.

Teste de portas fechadas

As audiências subsequentes serão realizadas na terça e quinta -feira, de acordo com o site do Short. O juiz ordenou que o julgamento proceda a portas fechadas. O ataque chocou a Rússia, que luta contra a Ucrânia em uma ofensiva militar sincera em 24 de fevereiro de 2022. Apesar de assumir a responsabilidade, a Rússia implicou a Ucrânia no ataque, uma alegação de que Kiev chamou de infundação e absurdo.

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O massacre acendeu um debate sobre a réintrodução da pena de morte. Alguns políticos de linha dura pediram publicamente uma moratória, observada desde 1996, a serem levantadas. Também provocou uma onda de xenofobia contra os migrantes da Ásia Central na Rússia.

Quase metade da vítima foi morta por fumaça e inalação de monóxido de carbono do incêndio que eclodiu, em vez de feridas de tiro, informou a agência de notícias estatal Tass, citando materiais de caso. Ekaterina Klimenko, que sobreviveu ao ataque, disse à AFP que esperava uma “decisão justa” dos juízes. “Eu ainda vou a shows, mas intuitivamente olho aos olhos para ver se há algum perigo”, disse ela.

O mundo com AFP

Fonte: Le Monde

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