O economista francês Philippe Aghion recebeu o Prémio Nobel da Economia de 2025 na segunda-feira, 13 de outubro, ao lado de Joel Mokyr, um israelo-americano, e Peter Howitt, um canadiano, pelo seu trabalho sobre o impacto das novas tecnologias no crescimento económico. Esta entrevista foi publicada originalmente em francês no dia 10 de outubro, antes da atribuição do prémio.
Economista francês nascido em 1956, Philippe Aghion é especialista em crescimento e inovação. Professor do Collège de France, do INSEAD e da London School of Economics, desenvolveu a teoria do crescimento schumpeteriana. Seu trabalho destaca a importância da competição e do investimento em educação e políticas ambientais.
Como você definiria o poder econômico hoje?
O poder económico permanece em vários elementos, incluindo a moeda, a capacidade de contrair empréstimos do resto do mundo e a influência no comércio global. Mas mais do que nunca, na minha opinião, o factor-chave é a liderança tecnológica. A economia americana é poderosa porque os Estados Unidos são os mais inovadores. Lidera outros países em inovações revolucionárias e em setores de alta tecnologia: tecnologia digital, inteligência artificial (IA) e biotecnologia. Isto permite aos EUA controlar as cadeias de valor, demonstrar a sua força comercial e garantir o domínio do dólar, atraindo poupanças externas para financiar a sua dívida.
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Fonte: Le Monde