novela aposta no humor, mas derrapa na coerência

Walcyr Carrasco tem uma qualidade inegável como autor: nos primeiros minutos de suas novelas, o espectador entende claramente qual a linha narrativa que conduzirá toda a história. Quem assistiu ao primeiro capítulo de “Êta Mundo Melhor!” não precisou se esforçar em nenhum momento para compreender o conflito principal (o protagonista que deseja encontrar o filho sequestrado) e já consegue até vislumbrar os possíveis desdobramentos dessa trama. Tudo foi quase desenhado para o público.

Se “Êta Mundo Melhor!” se preocupou em ser o mais didática possível, a mesma atenção não foi aplicada para criar uma história coerente. Além da mudança radical da personalidade de Filó (Debora Nascimento), a mocinha de “Êta Mundo Bom!” (produção que deu origem à nova novela), outras incoerências pipocaram no primeiro capítulo de “Êta Mundo Melhor!”.

A mais gritante delas foi encabeçada por Ernesto (Eriberto Leão), que rapta o filho de Candinho (Sérgio Guizé) alegando que o menino renderá uma bela quantia de dinheiro. Mas, em seguida, o vilão abandona o garoto com um casal de caipiras sem grandes explicações de sua atitude e o menino acaba num orfanato comandado por Zulma (Heloisa Perissé). Nada fez muito sentido no desenvolvimento desse enredo.

Fonte: UOL

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