Montadoras elétricas da China enfrentam europeias tradicionais – agora na casa delas

As montadoras chinesas roubaram a cena no tradicional salão automotivo de Munique (IAA Mobility), realizado nos últimos dias na Alemanha.

Em plena casa de Volkswagen, BMW, Mercedes e Renault, fabricantes como Xpeng, GAC e Leapmotor exibiram seus modelos elétricos e reforçaram planos ambiciosos de expansão na Europa, segundo entrevistas concedidas à CNBC.

Apesar das tarifas impostas pela União Europeia, executivos chineses sinalizaram metas agressivas. “O crescimento atual da Xpeng globalmente é mais rápido do que esperávamos”, afirmou He Xiaopeng, CEO da Xpeng, em conversa com a CNBC.

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A montadora pretende lançar no continente no próximo ano sua linha Mona, que custa pouco menos de US$ 17 mil (cerca de R$ 91 mil) na China e promete pressionar os preços das rivais europeias.

O Guangzhou Automobile Group (GAC) também mira avanço rápido. Wei Haigang, presidente da GAC International, disse à CNBC que a empresa projeta vender cerca de 3 mil unidades na Europa este ano e alcançar 50 mil até 2027, com a chegada dos modelos Aion V e Aion UT.

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A presença das chinesas não passou despercebida: a participação de mercado dos veículos do país quase dobrou no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, embora siga em torno de 5%, segundo dados da Jato Dynamics.

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“A presença significativa de fabricantes chineses de veículos elétricos na IAA Mobility sinaliza suas crescentes ambições e confiança no mercado europeu”, avaliou Murtuza Ali, analista da Counterpoint Research, à CNBC.

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Enquanto isso, as montadoras locais reforçaram o discurso tecnológico. A BMW apresentou o novo iX3 (porém com tecnologia que estreou há dois anos) e deu ênfase à sua tecnologia própria, chamada “arquitetura supercérebro”, além de anunciar um software de direção assistida desenvolvido em parceria com a fabricante de chips Qualcomm.

Enquanto isso, as europeias Volkswagen e Renault mostraram novidades elétricas. Ainda assim, analistas alertam que a velocidade de reação das europeias segue aquém do ritmo das chinesas.

Fonte: Info Money

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