Maduro diz que EUA abrigam suspeitos de planejar ataque a embaixada

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que os responsáveis por planejar um atentado contra a embaixada dos Estados Unidos em Caracas estão em território norte-americano. Segundo ele, o governo dos EUA foi informado sobre a identidade e o paradeiro dos suspeitos.

“Foram tomadas as medidas de segurança pertinentes, porque respeitamos o direito internacional. O deputado Jorge Rodríguez informou os nomes, apelidos e localização das pessoas responsáveis, que a partir dos Estados Unidos prepararam esse atentado à embaixada dos EUA em Caracas”, declarou Maduro na terça-feira.

O presidente venezuelano fez o pronunciamento durante um encontro com os embaixadores da Rússia e da China, transmitido pela televisão estatal. Ele explicou que os dados sobre os responsáveis pelo plano foram entregues na segunda-feira ao adido da missão diplomática dos EUA em Bogotá, na Colômbia, John McNamara.

“Os EUA têm toda a informação e, se necessário, nós a tornaremos pública. Por prudência, informamos oficialmente o governo norte-americano para que realize as investigações e proceda à captura imediata dos terroristas que estão lá mesmo, nos Estados Unidos”, afirmou Maduro.

Ele destacou ainda que “seria aconselhável que os organismos competentes dos EUA investigassem com seriedade esta informação”, enviada “de boa-fé pelo governo bolivariano da Venezuela”.

Maduro também minimizou um possível distanciamento diplomático entre Caracas e Washington, após o envio de tropas americanas para o Caribe sob a justificativa de combate ao narcotráfico. “Eles divulgam a notícia de que não têm relações diplomáticas conosco. Nós também não temos com vocês”, ironizou.

Segundo o presidente, “os gringos negam ter contato com Caracas para ignorar que lhes entregamos os nomes dos terroristas” e advertiu que, se o atentado tivesse sido consumado, “teria sido um incidente grave”.

Na segunda-feira, o governo venezuelano denunciou planos de “setores extremistas da direita local” para realizar um atentado com explosivos contra a embaixada dos EUA em Caracas. A sede diplomática, embora fechada desde 2019, tem sido alvo de rumores de que abriga a líder da oposição María Corina Machado, que está foragida desde as eleições presidenciais de julho de 2024.

“Quero anunciar que, por três vias diferentes, alertamos o governo dos Estados Unidos sobre uma grave ameaça: através de uma operação de bandeira falsa preparada por setores extremistas da direita local, há uma tentativa de colocar explosivos letais na embaixada”, escreveu Jorge Rodríguez, presidente do Parlamento, no Telegram.

Durante o programa “Con Maduro +”, o presidente afirmou que, graças ao trabalho do sistema de inteligência venezuelano, foi possível “rastrear as conversas entre os planejadores da ação terrorista”.

“É uma operação típica de bandeira falsa, uma provocação para criar um escândalo e culpar o governo bolivariano, iniciando uma escalada de confrontos em que não haverá perguntas, apenas o barulho das metralhadoras e mísseis”, declarou.

A embaixada dos Estados Unidos em Caracas está fechada desde janeiro de 2019, quando Maduro rompeu relações diplomáticas com Washington. À época, o governo norte-americano reconheceu o então líder opositor Juan Guaidó como “presidente interino” da Venezuela, acusando Maduro de fraude eleitoral.

As tensões entre os dois países aumentaram novamente em agosto, após o envio de navios de guerra norte-americanos para o Caribe, sob a justificativa de intensificar o combate ao narcotráfico na região.

O Presidente da Venezuela disse que a “agressão armada” dos Estados Unidos visa impor “governos fantoches” e roubar os recursos naturais do país, face ao envio de navios militares norte-americanos ao Caribe.

Notícias ao Minuto Brasil | 07:00 – 04/10/2025

Fonte: Notícias ao minuto

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