As redes sociais reproduzem um vídeo de 2015 em que a então senadora Simone Tebet (MDB) defendia o voto impresso como garantia de transparência na apuração das urnas eletrônicas. Atual ministra do Planejamento do governo Lula da Silva, Tebet apoiou, naquele período, o movimento que derrubou o veto da então presidente Dilma Rousseff (PT) ao voto impresso.
Tebet, à época, lançava desconfiança sobre o processamento dos votos. Para ela, a única forma de tranquilizar os brasileiros nas eleições de 2016 e 2018 seria manter o voto impresso. Assim, dizia a atual ministra, seria possível comprovar o devido processamento. Em agosto de 2022, Tebet, então candidata à presidente que viria a apoiar Lula contra Bolsonaro, disse que errou ao votar contra o veto.
O que disse Simone Tebet; leia íntegra
Em 2015, a então senadora disse: “Será que o meu voto depositado lá, depois de processado, se concretiza? Então para que a gente tire essa dúvida, dê tranquilidade ao eleitor, de que ele possa saber que, a partir de agora, de 2016 e 2018, ele vai votar e vai ter a comprovação de que está saindo ali o nome dos candidatos que ele escolheu, nós optamos por derrubar o veto”.
– O Congresso Nacional do Brasil derrubou o veto da presidente Dilma Rousseff ao voto impresso em 18 de novembro de 2015. Na votação, 368 deputados e 56 senadores votaram pela derrubada do veto, enquanto 50 deputados e 5 senadores votaram por sua manutenção.
– A medida fazia… pic.twitter.com/nCxHEDptDo
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 28, 2025
Um dos perfis que reproduziram o discurso da ex-senadora é o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se encontra internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília. O responsável pela página postou o vídeo na manhã desta segunda-feira, 28. O conteúdo inclui uma mensagem descrevendo o que teria ocorrido por ocasião da derrubada do veto.

Apesar da decisão do Congresso Nacional de barrar o desejo de Dilma Rousseff, o cenário mudou. Uma manobra entre membros do Parlamento e ministros do Supremo Tribunal Federal suspendeu o voto impresso em agosto de 2021. A decisão gerou polêmica e insatisfação principalmente no núcleo do então candidato à reeleição a presidente Jair Bolsonaro.
Muito antes da decisão sobre quem ocuparia o Palácio Planalto em 2023, Bolsonaro já questionava o grau de transparência das urnas eletrônicas sem o processo auditável. Seus questionamentos, inclusive, geraram uma ação que culminou em sua inelegibilidade até 2030, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral em junho de 2022.
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Fonte: Revista Oeste