Ibovespa recua, na contramão de Wall St; S&P 500 bate novo recorde

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) recuou nesta sexta-feira (27), na contramão das bolsas americanas, que renovaram máximas históricas.

O principal índice da B3 caiu 0,18%, aos 136.866 pontos.

Em Wall Street, o cenário foi o oposto: o S&P500 subiu 0,52% e fechou o dia aos 6.173 pontos, superando o recorde anterior, de 6.144 pontos, atingido em 19 de fevereiro.

No exterior, o dia foi de otimismo com o avanço das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China e em reação à queda do PCE – indicador de gastos de consumo pessoal que costuma ser monitorado pelo Federal Reserve para decisões de política monetária.

Em dia de tomada de risco, o dólar caiu globalmente. Contra o real, a moeda americana recuou 0,27% e fechou a sessão cotada a R$ 5,48.

Leia também: Investidores diversificam do dólar e Brasil tem sido beneficiado, diz André Esteves

Um dos fatores de otimismo foi a queda de 0,3% do PCE em maio. O dado foi interpretado como mais um impulso para cortes de juros por parte do Fed.

“Juntamente com a desaceleração da renda e dos gastos das famílias, a inflação PCE de maio permaneceu próxima o suficiente da meta de 2% do Fed para manter vivas as esperanças de um corte antecipado dos juros pelo Federal Reserve”, disse Gary Schlossberg, do Wells Fargo Investment Institute, à Bloomberg News.

Schlossberg também observou que uma “janela de oportunidade” provavelmente se abrirá em uma das três últimas reuniões de política monetária do ano, quando o impacto dos aumentos de tarifas sobre a inflação se tornar mais claro.

Além disso, houve também notícias positivas em relação às tarifas. Os Estados Unidos e a China concluíram um acordo comercial acertado no mês passado em Genebra, segundo o secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick.

Ele afirmou ainda que a Casa Branca se prepara para firmar, em breve, tratados com um grupo de 10 importantes parceiros comerciais.

O pacto com a China, assinado há dois dias, consolida os termos discutidos nas negociações entre Pequim e Washington, incluindo o compromisso chinês de fornecer terras raras — minerais estratégicos utilizados em produtos que vão de turbinas eólicas a aeronaves.

— Com informações da Bloomberg News.

Leia também

Hartnett, do BofA, alerta para bolha nas ações dos EUA com a mudança de rumo do Fed

Secretário de Comércio americano diz que EUA e China assinaram acordo comercial



Bloomberglinea

Compartilhe este artigo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *