O Hospital Paulistano, da Rede Total Care, realizou 28 transplantes de medula óssea (TMO) no primeiro semestre de 2025, sendo 14 autólogos e 14 alogênicos. Os números representam um crescimento de 40% em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram realizados 16 procedimentos (14 autólogos e 2 alogênicos).
Fatores relacionados aos resultados
O programa de TMO do Hospital Paulistano apresenta resultados associados a diversos fatores, incluindo a organização da lista de pacientes pré-TMO, a integração entre equipes médicas, a participação da equipe multidisciplinar e o trabalho da enfermeira navegadora na coordenação dos processos. Os cuidados hospitalares especializados também contribuíram para a redução do tempo de internação.
Segundo Ricardo Chiattone, Coordenador da Hematologia do Hospital Paulistano, “Os resultados obtidos neste ano se devem a diversos fatores, principalmente, o uso de protocolos mais modernos de condicionamento e profilaxia de doença do enxerto-contra-hospedeiro; uma equipe médica e multiprofissional especializada e treinada para o cuidado global desses pacientes; e uma estrutura física própria para o cuidado dos pacientes de TMO em regime de internação”.
Desde 2014, o Hospital Paulistano realizou 191 transplantes autólogos de medula óssea. A partir de 2021, com a introdução dos transplantes alogênicos, contabiliza 41 procedimentos desse tipo.
Estrutura e atendimento
O acompanhamento psicológico é oferecido desde a fase pré-transplante, durante a avaliação pela equipe multidisciplinar. Durante a internação, os pacientes continuam sendo monitorados e, após a alta, o suporte é mantido conforme a necessidade de cada caso.
A unidade de internação da Hematologia e Transplante de Medula óssea conta com 14 leitos para atendimento ao paciente onco-hematológico. O setor atende casos que incluem leucemias agudas, linfomas, mielomas e doenças mais raras, como a mastocitose.
Tipos de transplante de medula óssea
O Transplante de Medula Óssea (TMO) é indicado para o tratamento de diversas doenças hematológicas, autoimunes e oncológicas, como leucemias, linfomas e mieloma múltiplo, e pode ser classificado em dois tipos:
A hematologista do Hospital Paulistano, Aline Fernanda Ramos, explica que no transplante autólogo são utilizadas as células-tronco do próprio paciente. Após coletadas e preservadas, o paciente recebe quimioterapia em altas doses e, posteriormente, as células são reinfundidas. Este tipo de transplante apresenta menor risco de complicações e é frequentemente utilizado no tratamento de mieloma e linfomas.
O TMO alogênico utiliza células-tronco de um doador compatível, que pode ser um familiar ou um voluntário cadastrado em bancos de medula. Esta modalidade é indicada para doenças em que a medula do paciente não funciona adequadamente e para o tratamento de patologias onco-hematológicas como leucemias agudas. O procedimento requer a seleção adequada do doador, definição do regime de quimioterapia e monitoramento no pós-transplante para prevenção de complicações.
Ambos os procedimentos necessitam de acompanhamento multidisciplinar e estrutura hospitalar especializada.
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