Hospital Bruno Born preserva data center e mantém operação durante enchentes  

Um ano após as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul em maio de 2024, o Hospital Bruno Born, em Lajeado, se tornou referência na resposta emergencial em saúde diante de catástrofes climáticas. A instituição conseguiu preservar seu data center — estimado em R$ 3 milhões — e proteger 100 terabytes de dados críticos, garantindo a continuidade da assistência aos pacientes mesmo nos momentos mais críticos da crise. 

Durante as fortes chuvas que afetaram mais de 400 municípios gaúchos, hospitais e clínicas enfrentaram o risco de perder informações vitais, como prontuários eletrônicos, prescrições e históricos clínicos. No Hospital Bruno Born, o alerta para o risco real de inundação levou à decisão de transferir todo o ambiente de TI para um local seguro, a Universidade do Vale do Taquari (Univates), em uma operação que durou cerca de 24 horas. 

“Quando percebemos que o risco era iminente, tivemos que agir de forma imediata. Todo o processo — da decisão ao desligamento, transporte e reativação — aconteceu em aproximadamente um dia”, relata Fabrício Scheunemann, gerente operacional do hospital há 19 anos. 

A ação envolveu a migração de sistemas que sustentam toda a operação hospitalar. “A operação não foi apenas proteger servidores e storages. Foi, literalmente, salvar a vida digital do hospital, que hoje é absolutamente integrada ao cuidado com o paciente”, completa Scheunemann. 

Dados preservados e prejuízos evitados 

Além de evitar a perda de informações sensíveis, a operação rápida impediu que o hospital sofresse impactos financeiros irreparáveis. “Perder bancos de dados ou enfrentar uma parada prolongada dos sistemas não significaria apenas prejuízo operacional, mas afetaria diretamente o faturamento, a assistência e a sustentabilidade da instituição”, ressalta Scheunemann. 

O sucesso da operação evitou prejuízos para a instituição. Segundo o gerente, “o impacto financeiro seria enorme, além de incalculável em algumas frentes. Perder bancos de dados ou enfrentar uma parada prolongada dos sistemas não significaria apenas um prejuízo operacional, mas um impacto direto na capacidade do hospital de gerar faturamento, prestar assistência e manter a sustentabilidade da instituição.”

A iniciativa também trouxe lições sobre a importância do planejamento preventivo e da capacidade de resposta em cenários extremos. Embora muitas empresas tenham subestimado a gravidade das enchentes, a decisão rápida do hospital em proteger seus dados se mostrou decisiva — com suporte técnico de parceiros estratégicos, como a Octafy, especializada em soluções de infraestrutura tecnológica e resposta em situações críticas. 

Catástrofes como alerta para o setor 

O episódio destaca a vulnerabilidade da infraestrutura de saúde diante de eventos climáticos extremos e reforça a necessidade de estratégias preventivas. “A perda de prontuários eletrônicos e históricos médicos pode ter consequências imediatas e muito sérias para o tratamento dos pacientes. Em emergências, qualquer atraso na obtenção de informações pode comprometer a assistência, especialmente em casos graves que demandam acompanhamento contínuo e personalizado”, alerta Scheunemann. 

Casos como o do Hospital Bruno Born revelam que investimentos em tecnologia e respostas ágeis não são apenas medidas operacionais — são pilares para a resiliência do sistema de saúde. Em tempos de crise, proteger dados significa proteger vidas. 

Fonte: Saúde Business

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