O primeiro dia do Healthcare Innovation Show – HIS 2025 marcou a estreia do Philips ConnectDay, novo palco temático realizado pela primeira vez no evento. Tradicionalmente voltado a líderes do setor de saúde, clientes estratégicos e parceiros da companhia, o Connect Day teve uma agenda exclusiva para convidados um dia antes da abertura oficial do HIS.
Nesta edição do HIS, uma das participações de destaque foi a presença internacional do Dr. Woojin Kim, diretor de Estratégia e Chief Medical Information Officer (CMO) na HOPPR. Em sua apresentação, Dr. Kim destacou o potencial da Inteligência Artificial Generativa na evolução da radiologia, ressaltando os ganhos em precisão diagnóstica, eficiência nos tratamentos e qualidade do cuidado prestado aos pacientes.
Segundo ele, estamos em uma era da IA em que os modelos multimodais (LMMs) na radiologia são capazes de combinar e processar diferentes tipos de dados, como imagens, texto e informações clínicas, para gerar laudos mais completos e precisos.
O especialista apontou ainda para a ascensão dos agentes de IA, que operam em ciclos contínuos de execução de tarefas com base em objetivos predefinidos. “Uma vez que você define um objetivo, os agentes de IA vão rodar os modelos LLMs em loop até cumprir a tarefa.” Isso muda o papel do radiologista, que passa a supervisionar os resultados e a se concentrar na interpretação de casos mais complexos.
Em tom de conselho para profissionais de saúde, Dr. Kim finalizou com um chamado à adaptação: “Aprenda sobre IA. Aprenda como usar IA. Aprenda a pensar criticamente. O futuro da medicina é descobrir como otimizar a relação entre humanos e máquinas para que possamos ser, de fato, médicos dos médicos.”
Soluções na prática
Outra atração que chamou a atenção dos visitantes no primeiro dia do HIS foi o dinâmico Palco de Demonstração de Soluções, onde tecnologias emergentes foram apresentadas de forma prática e interativa em dois palcos. Esses palcos são abertos para todas as categorias de ingresso.
O Palco A recebeu apresentações voltadas para análise de dados, inteligência artificial e consultoria de serviços, enquanto no Palco B o foco esteve em dispositivos médicos e equipamentos, telessaúde e plataformas de inteligência hospitalar.
No Palco A, Bernardo Alves, gerente de estratégia da healthtech Folks, trouxe insights sobre a maturidade digital dos hospitais brasileiros. Ele ressaltou que a digitalização já se tornou prioridade na maioria das instituições, mas ainda carece de planejamento estruturado. “Mais de 62% das organizações de saúde já incluem o digital em seus planos estratégicos, mas a maioria ainda não construiu uma estratégia digital consistente”, afirmou.
Segundo ele, a formação profissional também representa um desafio relevante: mais de 70% das instituições não investem em capacitação voltada à saúde digital. Além disso, a meta de eliminar totalmente o uso de papel ainda é distante, já que apenas 9% dos hospitais operam em modelo totalmente paperless.
O executivo apresentou ainda o Mapa da Transformação Digital dos Hospitais Brasileiros, baseado no Índice de Maturidade Digital para Saúde (DMI-H), ferramenta desenvolvida pela Folks. O índice funciona como uma autoavaliação que ajuda instituições a identificar o estágio em que se encontram e a traçar um plano de evolução.
Já no Palco B, Juvenal Custódio, diretor-executivo da Nick Saúde, apresentou a plataforma que conecta pacientes e médicos, oferecendo soluções modulares e escaláveis para instituições de diferentes portes. Entre as funcionalidades estão o agendamento online, os pagamentos via aplicativo, os cancelamentos e os reagendamentos simplificados, o cadastro de acompanhantes e o acompanhamento pós-consulta por WhatsApp, inclusive para o agendamento de exames.
No dia 2 de outubro, segundo e último dia do HIS, a programação do Palco A trará produtos e serviços em saúde digital, enquanto no Palco B o destaque será a interoperabilidade, a segurança e a privacidade de dados, além da infraestrutura digital.
