Hapvida usa telemonitoramento para reduzir reinternações psiquiátricas

Com o objetivo de reduzir o risco de recidivas em saúde mental, a Hapvida implementou um programa de telemonitoramento que acompanha pacientes remotamente por, no mínimo, 90 dias após a alta hospitalar. O período é considerado crítico para a consolidação do tratamento e prevenção de novas internações. Desde 2023, a iniciativa já contribuiu para uma redução de 11% na taxa acumulada de reinternações em um intervalo de seis meses.

O programa integra a linha de cuidados em saúde mental da operadora e é conduzido por uma equipe multidisciplinar. O acompanhamento é ativado nos momentos mais críticos da jornada do paciente. Em atendimentos presenciais nos prontos atendimentos, médicos generalistas podem acionar psiquiatras via teleinterconsulta, garantindo agilidade no diagnóstico e na conduta clínica. Após a alta, o paciente é contatado para iniciar o telemonitoramento. Em casos de internação psiquiátrica integral, o serviço é automaticamente ativado assim que ocorre a alta hospitalar.

“Nosso objetivo é garantir que o cuidado não termine com a alta hospitalar. O acompanhamento remoto permite identificar precocemente sinais de agravamento e reduzir as barreiras de acesso ao tratamento”, afirma Adria Mara Cândido, diretora-executiva de Saúde Digital e Clínicas Médicas da Hapvida.

Atenção contínua e integrada

A rotina de cuidados é conduzida por psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros, que acompanham desde a marcação de consultas até a adesão ao uso de medicamentos. Durante o programa, os pacientes têm acesso a atendimentos com psicólogos e psiquiatras por telefone ou videochamada, além de suporte em situações de crise e orientações sobre o uso correto da medicação. Quando necessário, o período de acompanhamento pode ser estendido. Todas as interações são registradas em prontuário eletrônico, garantindo alinhamento entre os profissionais e segurança ao paciente.

Cenário de saúde mental no Brasil

O avanço dos transtornos mentais é uma preocupação crescente. De acordo com o relatório global World Mental Health Day 2024, do Instituto Ipsos, o Brasil ocupa a quarta posição entre os países mais estressados do mundo. A preocupação com a saúde mental também aumentou significativamente: em 2018, apenas 18% dos brasileiros citavam o tema como prioritário; em 2024, esse número saltou para 54%.

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Fonte: Saúde Business

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