O sistema de saúde brasileiro enfrenta desafios estruturais que vão desde a escassez de recursos até ineficiências operacionais, criando um cenário onde a otimização de processos se torna essencial para a sustentabilidade das instituições. Neste contexto, diversas empresas têm surgido com propostas de soluções tecnológicas e de gestão, com o objetivo de aumentar a eficiência e reduzir custos – um mercado em expansão que atrai tanto startups quanto grupos empresariais consolidados.
O Grupo DOC é uma dessas organizações que atua no mercado brasileiro, oferecendo soluções voltadas para a otimização de processos em instituições de saúde, concentrando suas atividades na gestão de escalas médicas, talentos e processos para instituições públicas e privadas.
Em entrevista ao Saúde Business, Eduardo Cardozo, diretor comercial do Grupo DOC, falou sobre a contribuição da empresa para o ecossistema de saúde, seus investimentos futuros e a importância de uma acreditação internacional na consolidação do negócio. Confira a seguir.
Ganhos operacionais e redução de custos
Para Cardozo, o maior legado do Grupo DOC é eliminar o que chama de “caos administrativo” nas instituições. “Nossa tecnologia libera os médicos para focar no que realmente importa: cuidar de pessoas. Integramos gestão de escalas, indicadores assistenciais e financeiros em uma única plataforma, eliminando retrabalho e reduzindo falhas humanas”, afirma.
Os resultados, segundo ele, já são perceptíveis: aumento médio de até 20% na eficiência operacional, redução dos custos assistenciais e, em alguns casos, também dos administrativos. Entre os ganhos diretos estão a otimização das escalas médicas, a diminuição de horas ociosas e a melhoria na previsibilidade de despesas, fatores que contribuem para maior estabilidade financeira das instituições.
Para garantir que as soluções gerem impacto mensurável, a empresa acompanha indicadores como tempo de resposta para cobertura de escalas, redução de custos por plantão, taxa de ocupação e utilização de recursos, satisfação de gestores e equipes e retorno sobre investimento (ROI). Esses dados não apenas comprovam resultados, mas orientam os próximos passos.
Inteligência Artificial como aliada
Essa busca por eficiência tem na tecnologia seu principal motor. Entre as inovações já incorporadas, a Inteligência Artificial (IA) ocupa papel central, permitindo antecipar demandas e apoiar decisões. “Esses recursos permitem prever cenários de ocupação, ajustar recursos em tempo real e reduzir riscos operacionais, garantindo mais eficiência, segurança e melhor experiência para pacientes e equipes”, explica Cardozo.
As tecnologias criadas pela empresa são um exemplo dessa aplicação prática, já que concentram ferramentas de gestão de escalas, indicadores e protocolos assistenciais. Ao unificar processos, busca-se diminuir gargalos administrativos e permitir que as equipes direcionem mais tempo e energia ao cuidado direto.
Reconhecimento internacional
A aposta em tecnologia e gestão integrada também tem se refletido no reconhecimento de mercado. A acreditação internacional concedida pela AACI (Accreditation Association for Ambulatory Health Care) foi, segundo Cardozo, um marco para a empresa. “Reforçou nossa credibilidade e nosso compromisso com padrões internacionais de qualidade e segurança”, diz.
Planos para o futuro
Com base nessa experiência, o Grupo DOC pretende expandir sua atuação em três frentes: IA generativa e preditiva para apoiar decisões estratégicas, integração com sistemas clínicos para unificar dados assistenciais e administrativos em tempo real e plataformas de telemedicina e passagem de plantão inteligente.
Para Cardozo, essa evolução é resultado direto da forma como a empresa atua: “Atuamos de forma integrada, unindo governança clínica e eficiência operacional, com presença ativa no campo e visão estratégica baseada em dados”, conclui.
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