Governo amplia reserva de emendas e total vai a R$ 6,3 bilhões

Em 2 dias, valor empenhado cresce 12,4%, enquanto o pago permanece estável em R$ 1,6 bilhão

A atualização desta 2ª feira (7.jul.2025) do Siop (Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento) mostra que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumentou em R$ 699 milhões o total empenhado em emendas parlamentares nos últimos 2 dias. Com isso, o valor reservado em 2025 chegou a R$ 6,315 bilhões.

A alta foi de 12,4% no período –o total empenhado era de R$ 5,616 bilhões em 4 de julho. Já os pagamentos continuam em R$ 1,583 bilhão, sem variação. Os dados atualizados referem-se à movimentação até o dia anterior.

A liberação de recursos se intensificou a partir de 22 de junho, quando os pagamentos deixaram a casa dos milhões e entraram na faixa dos bilhões.

No mesmo período, os empenhos também aceleraram. O montante reservado cresceu mais de 7 vezes em pouco mais de duas semanas e indica o esforço do Planalto para fortalecer sua base em votações no Congresso.

Só que o volume de recursos reservado ainda não está sendo suficiente para conter a insatisfação dos deputados e senadores, como mostrou a derrubada do decreto que aumenta o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) do ministro Fernando Haddad (Fazenda).

Apesar do avanço, o valor executado representa cerca de 3% dos R$ 50 bilhões disponíveis para emendas no Orçamento de 2025.

EMPENHO X PAGAMENTO

A fase do empenho é diferente do pagamento.

O empenho é o 1º estágio da execução da despesa pública. É quando o governo formaliza que reservará uma parte do dinheiro disponível no Orçamento para o projeto proposto por algum deputado ou senador.

Depois do empenho, o valor é reservado. Funciona como um seguro da autoridade de que o pagamento será feito. Com isso, o serviço indicado por uma emenda pode ser contratado –na expectativa de que o pagamento vai de fato ocorrer em algum momento.

Depois do empenho vem o estágio da liquidação –quando o governo reconhece que o serviço contratado foi entregue– e, por último, o pagamento de fato, com a liberação da verba na conta de quem executou o serviço.



Fonte: Poder 360

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