Ações da Gol seguem operam em grande volatilidade após saída do Chapter 11 (Imagem: Divulgação/Gol)
As ações da Gol (GOLL54) registraram queda superior a 40% no pregão desta quinta-feira (26), em meio à volatilidade extrema causada pela enorme diluição dos acionistas e mudanças na negociação dos papéis, decorrente de um aumento de capital.
As ações GOLL54 (equivalentes a um lote de 1.000 ações) encerraram a sessão com queda de 32,96%, a R$ 63,00. Acompanhe o tempo real.
A notícia de saída da recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11) no início deste mês deu início a um momento de destaque peculiar para as ações na Bolsa, como consequência do plano de capitalização de R$ 12 bilhões, que envolve a emissão de 8,1 trilhões de ações ordinárias (a R$ 0,00029 por ação) e 968 bilhões de ações preferenciais (a R$ 0,01 por ação).
- LEIA TAMBÉM: O programa Money Minds, do Money Times, mostra o que executivos por trás de grandes empresas e gestoras do mercado estão pensando; confira aqui
Importante ressaltar que o plano de capitalização dá direito de preferência na subscrição aos acionistas da companhia. Com isso, desde o dia 12 de junho as ações são negociadas na B3 sob nova cotação (valor em reais por 1.000 ações), novo lote padrão de negociação (1.000 ações) e novos códigos de negociação (GOLL53 para ações ordinárias e GOLL54 para ações preferenciais).
Esse cenário colocou a ação da Gol em um cenário de volatilidade extrema e os fundamentos da companhia no curto prazo apontam para uma cotação semelhante à do aumento de capital— R$ 0,01 — ou R$ 10 por papel GOLL54, considerando que esse código representa um lote de 1000 ações.
As ações, que chegaram a disparar mais de 400% no primeiro dia da nova negociação, acumulam queda de 73% apenas nos últimos cinco dias.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Algo parece fora do lugar na Gol
Na avaliação do BTG Pactual, algo parece fora do lugar.
A equipe de analistas, em relatório datado de 14 de junho, evidenciou que a companhia chegou a atingir R$ 240 bilhões de valor de mercado implícito no fechamento do pregão do dia 12 de junho. Esse valor considerou a nova quantidade de ações.
“Algo claramente está fora do lugar. Acreditamos que isso se deve, principalmente, ao volume muito baixo de negociação das ações, o que tem impedido o mercado de fazer uma avaliação adequada da companhia”, completam.
Uma vez que o BTG acredita em uma convergência para o valor intrínseco em algum momento, mantém recomendação de venda para a companhia aérea.