A Amazon (AMZO34) investiu R$ 13,6 bilhões no Brasil em 2024, o equivalente a 23% do total desde que a operação chegou ao Brasil, há 13 anos. Os aportes foram destinados principalmente à construção de estrutura e tecnologia, pessoas e logística na loja digital, no serviço de nuvem AWS e no streaming Prime Video. A aceleração no ritmo tem a ver com a estratégia global da companhia, que definiu o país como seu mercado com maior potencial para trazer novos clientes.
Apenas nos últimos 18 meses, a empresa construiu 140 dos 200 polos logísticos no Brasil. Entre eles está o seu maior centro de distribuição inaugurado em fevereiro deste ano na cidade de Cajamar, Região Metropolitana de São Paulo, e centenas de estações dedicadas às entregas em última milha.
“O Brasil hoje é visto como um país com maior potencial de trazer novos clientes para a Amazon. E é por isso que a gente investe aqui, por esse potencial de trazer pessoas novas para os nossos serviço”, diz a presidente da Amazon no Brasil, Juliana Sztrajtman.
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Desde 2015, a empresa investiu R$ 55 bilhões no Brasil, mas o crescimento ganhou tração nos últimos anos. Quando iniciou sua operação aqui em 2012, a empresa vendia apenas livros e foi só em 2019 que a Amazon incluiu todas as categorias de produtos que hoje possui em sua loja online.
Analistas de varejo costumam implicar ao Mercado Livre a principal trava para o crescimento da gigante americana na região. A rival fundada na Argentina também pisou o pé no acelerador e anunciou investimentos de R$ 34 bilhões no Brasil em 2025, crescimento de 47,8% nos aportes em comparação ao ano anterior.
“Hoje, 15% da penetração na venda do varejo é feita no e-commerce, tem espaço para muito mais. Então a gente olha para essa concorrência como empresas que estão desenvolvendo esse segmento junto com a gente e melhorando o nível de serviço”, diz Sztrajtman. “Foram 14 bilhões no último ano. A gente pretende manter esse ritmo de investimento em infraestrutura, tecnologia, pessoas, logística.”
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Regionalmente, São Paulo foi de longe o estado onde a Amazon mais colocou dinheiro. Na última década, foram R$ 47 bilhões no estado que acomoda 6 centros de distribuição e 75 estações de entrega. Pernambuco, que vem na sequência, registra investimentos de R$ 2,1 bilhões.
Os dados apresentados pela companhia não são segmentados por linha de negócio, mas a diretora-geral do Amazon Prime Video, Louise Faleiros, confirma que R$ 5 bilhões do total investido nos últimos 10 anos vieram do serviço de streaming.
É um fluxo que representa, na maior parte, os 10 filmes e 36 séries produzidas pelo Prime Video desde 2019, mas impulsionado também pela entrada da empresa nas transmissões esportivas. “No momento que passamos a colocar esporte aqui dentro nos últimos dois anos, o nosso investimento cresceu absurdamente”, conta.
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A Amazon comprou os direitos globais de mídia da NBA por 11 anos. No Brasil, o streaming exibe a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro da Séria A.
Na AWS, serviço de nuvem da gigante da tecnologia impulsionado pela demanda por inteligência artificial generativa, a Amazon diz ter investido US$ 5,6 bilhões (R$ 31,31 bilhões, na cotação atual) em treinamentos desde que iniciou sua operação de data centers no país, há 14 anos.
O diretor-geral da AWS Brasil, Cleber Moraes, destacou a contribuição da empresa para o Pix. “Foi um trabalho que nós fizemos em conjunto com associações de bancos junto com o Banco Central e hoje é uma referência”, diz. Ele ressalta ainda que a empresa fomentou o ambiente de nuvem no Brasil e ajudou na formação de startups como Nubank, Hotmart e Quinto Andar.
Fonte: Info Money