Foi demitido, pediu US$ 500 para o pai, comprou empresa de avião e ficou bilionário

O caminho para o sucesso nem sempre é uma subida direta e fácil – até mesmo os líderes mais realizados, como Mike Bloomberg e Mark Cuban, tiveram reveses antes de atingir o sucesso. O mesmo é verdade para Kenn Ricci, um empresário americano da aviação e presidente da companhia de jatos particulares Flexjet. Depois de ser dispensado de seu primeiro emprego como piloto após sair da Força Aérea, ele transformou uma situação complicada em uma fortuna bilionária.

“Trabalhei para a [companhia aérea] Northwest Orient por um breve período. Fui dispensado. Desempregado, voltei a morar com meus pais”, disse Ricci ao “Wall Street Journal” em uma entrevista recente, ao relembrar como fez seu primeiro milhão de dólares.

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Mas, em vez de desistir, ele viu uma oportunidade de ouro. Ricci aceitou um trabalho como piloto contratado na Professional Flight Crews, e uma das empresas para as quais voava era a Corporate Wings, uma companhia de aviação privada. O aspirante a empresário ficou intrigado quando seus proprietários colocaram o negócio à venda por US$ 27.500 em 1981 – e agarrou a oportunidade de comprá-lo.

Ricci conseguiu um empréstimo de US$ 27.000, mas ainda lhe faltavam US$ 500. Então, ele pegou o telefone e ligou para o pai para pedir o restante – e essa ligação lançaria sua carreira no empreendedorismo.

No início dos anos 90, sua empresa estava faturando US$ 3 milhões por ano. Ricci levou a Corporate Wings a novas alturas, literalmente, transportando artistas como Barbara Streisand e Elton John em jatos de turnê.

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Mas o verdadeiro grande momento veio quando um governador do Arkansas que concorria à Presidência precisou de um avião por pouco mais de um ano. Aquele aspirante político acabou se tornando o 42º presidente dos Estados Unidos: Bill Clinton.

“Eu disse: ‘O governador do Arkansas não vai precisar de um avião por 13 meses. Esse cara não tem chance de se tornar presidente.’ E então eu o levei para a posse”, Ricci lembrou.

De origem humilde a um estilo de vida bilionário

A Corporate Wings foi apenas o ato de abertura na sequência de quatro décadas de triunfos empresariais de Ricci.

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Em 1990, ele lançou a Inertial Airline Services e a Flight Options – com a Flight Options faturando US$ 100 milhões em apenas seus primeiros três meses. Sentindo a mina de ouro que havia construído, Ricci vendeu a Inertial Airline Services por US$ 10 milhões: seu primeiro verdadeiro gosto de “riqueza significativa”.

A Flight Options acabou se fundindo com a gigante da defesa aeroespacial Raytheon, que a comprou no que ele descreveu mais tarde como um dos “piores dias” de sua vida. Mas os contratempos nunca perduram: ele fundou a Directional Aviation Capital (DAC), investindo em companhias de aviação e obtendo uma vitória gigantesca quando a DAC adquiriu a Flexjet, obtendo impressionantes US$ 3,8 bilhões (R$ 20,2 bilhões) em receita no ano passado.

Do humilde filho de um funcionário do governo em “uma família muito, muito pobre”, o impulso implacável de Ricci na aviação o catapultou ao status de bilionário.

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Agora, o empresário da aviação diz que sua vida inteira é como umas férias – e quando questionado sobre o quanto gasta em viagens reais, revela um valor chocante para a maioria. Ricci passa seis semanas na Itália com sua família, gastando entre US$ 750 mil e US$ 800 mil (de R$ 3,9 milhões a R$ 4,3 milhões) na luxuosa viagem.

“Eu tenho casas demais e gasto demais em viagens”, disse Ricci na entrevista ao WSJ. “Pode parecer um número grande, mas tem mais a ver com o fato de que, se vou a algum lugar, quero aproveitar. Quero que seja a melhor experiência possível.”

O bilionário revelou que rotineiramente gasta muito em gorjetas para os trabalhadores em seus locais de férias, dando US$ 1.000 adiantados para os funcionários de restaurantes ao visitá-los pela primeira vez.

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Nos hotéis que frequenta, ele deixará “10 vezes mais” no início para que os funcionários saibam qual é o seu “nível de expectativa”. Ricci sempre quer que suas viagens sejam a melhor experiência possível.

O presidente da Flexjet também gosta de celebrar o sucesso com relógios finos, assim como Tom Brady e Mark Zuckerberg. Sempre que algo “importante acontece” em sua vida, ele compra outro. Até hoje, acumulou uma coleção de cerca de 40 relógios que vale US$ 2,5 milhões (R$ 13,3 milhões) – com a compra individual mais cara custando-lhe US$ 150 mil (R$ 800 mil).

“Quando vendi a primeira empresa, comprei um relógio para mim. E assim, ao longo dos anos, não é tanto que eu ame relógios, mas eu associo um relógio a uma memória de algo financeiro quando temos um sucesso.”

2025 Fortune Media IP Limited

Fonte: Info Money

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