Confira as recomendações feitas por Rodrigo Azevedo e outros 20 especialistas do mercado durante o evento Onde Investir no 2º Semestre (Imagem: divulgação)
Entre novembro de 2024 e junho de 2025, o mercado brasileiro saiu de uma expectativa de “fim do mundo” para uma realidade de rali da bolsa brasileira.
O Ibovespa saiu dos 128 mil pontos e chegou a atingir os 140 mil pontos em meados de maio, valorizando 15,44% no primeiro semestre. Além disso, o dólar, que ultrapassou os R$ 6,00 no final do ano passado, voltou ao patamar dos R$ 5,60.
Segundo Rodrigo Azevedo, ex-diretor de política monetária do Banco Central e gestor de macroestratégia da Ibiuna Investimentos, existem 3 fatores que animaram os investidores no primeiro semestre.
No início de julho, Azevedo participou do “Onde Investir no 2º Semestre”, evento realizado pelo Seu Dinheiro com apoio do Money Times, e apontou o que explica a animação dos mercados e como se preparar para os próximos meses.
Com esses 3 fatores ‘em jogo’, ficou caro apostar contra o Brasil, diz Azevedo
Para o gestor da Ibiuna, a mudança na trajetória da bolsa brasileira pode ser explicada por 3 fatores. O primeiro deles está ligado diretamente ao cenário externo.
Azevedo explica que, com o início do governo Trump, a expectativa era de um dólar forte e economia americana crescendo. Mas o que aconteceu foi o oposto disso.
A depreciação de 6% da moeda norte-americana, combinada com uma desaceleração da maior economia do mundo gerou certa perda de credibilidade no dólar e gerou um movimento de rotação de capital.
Isto é, investidores globais passaram a buscar alternativas fora dos EUA. Nesse cenário, mercados emergentes como o Brasil acabaram se beneficiando. Só na primeira metade do ano, o fluxo de capital estrangeiro na B3 chegou aos R$ 27 bilhões.
Outro fator que animou os mercados foi a alta dos juros. De novembro de 2024 até a última reunião do Copom, em junho, a Selic saltou de 10,75% para 15% ao ano.
Em geral, os juros altos não são uma boa notícia para os investidores. Entretanto, Azevedo pontua que, nesse cenário, “ficou caro apostar contra o Brasil”.
O ex-BC explica que, o Brasil subiu a Selic enquanto os Bancos Centrais ao redor do mundo estavam fazendo cortes de juros.
Mas, apesar da Selic a 15% ao ano sinalizar uma falta de resolução dos problemas internos, a taxa atraiu muitos investidores estrangeiros, pontua o gestor.
Por fim, Rodrigo Azevedo destaca que, até 2027 será praticamente inevitável fazer um grande ajuste na política fiscal. Caso contrário, a dívida do país ficará fora de controle.
Nesse sentido, um fator que tem animado os investidores é a possibilidade de alternância de poder nas próximas eleições, o que poderia resultar em uma mudança na política econômica.
Assim, a combinação de um ambiente externo ruim, uma economia doméstica que não deve “quebrar” até 2027 e a possibilidade de retornos de 15% ao ano o investidor não tem “tanta pressa de tirar o dinheiro do Brasil”, explica Azevedo.
E esse contexto trouxe bons retornos para os ativos domésticos. Mas o gestor da Ibiuna destaca que o equilíbrio desses três fatores é muito frágil e, portanto, pode haver mudanças drásticas nas perspectivas dos próximos 6 a 12 meses.
Nesse sentido, uma das recomendações do analista foi cautela nas alocações. Por isso, o investidor que deseja estar preparado para capturar as oportunidades, precisa saber mais a fundo o que esperar do cenário macro e claro, onde investir no 2º semestre.
Onde investir no 2º semestre? Confira as recomendações de Azevedo e de mais 20 nomes do mercado
Além de cautela nas alocações, durante a sua participação no painel sobre macroeconomia e estratégia do “Onde Investir no 2º Semestre”, Rodrigo Azevedo recomendou 7 ativos para incluir nas carteiras agora.
Você pode assistir o painel completo dando o play no vídeo abaixo:
Mas, se quiser ir direto ao ponto e conhecer as recomendações do gestor da Ibiuna, bem como de outros 20 especialistas que participaram do evento, é só baixar gratuitamente o e-book com os melhores momentos do “Onde Investir no 2º Semestre”.
Além dos ativos indicados por Azevedo, você terá acesso à recomendações de FIIs, renda fixa, ações internacionais, criptomoedas, alocação, entre outros.
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