Por TAS News 08/08/25
Por que se reelege tantos candidatos comprovadamente criminosos? Será que a honestidade deixou de ser um valor para o sergipano? Será que é porque o eleitor desconhece seus crimes? Não. O problema não é a ignorância, mas sim a naturalização do absurdo. Não é por desconhecer os pecados nebulosos do candidato vilão! É que, o eleitor de tanto ouvir notícias de corrupção na imprensa parcial – que passa o pano na sujeira – e sem punição dos corruptos, naturaliza a corrupção.
Como dizia Juca Chaves, “no Brasil, a imprensa é tão séria que, se você pagar, ela publica até a verdade”. E nos programas eleitorais — verdadeiros espetáculos de baixaria — as capivaras políticas dos candidatos são exibidas sem pudor: escândalos, processos e crimes abomináveis são jogados na tela como se fossem parte do jogo. E, mesmo assim, o povo assiste, comenta, ri… e vota nos seus bandidos favoritos.
A pergunta que sobra é: quem está pior — o candidato vilão que rouba ou o eleitor que não condena a corrupção?
Será que os eleitores tiveram suas consciências sequestradas, e sofrem da Síndrome de Estocolmo, em que, um refém desenvolve sentimentos positivos pelo seu sequestrador? Essa condição psicológica ocorre quando a vítima de uma situação de cárcere ou abuso cria laços emocionais com o vilão, desenvolvendo sentimentos de simpatia, empatia, alienação cognitiva ou até mesmo amor pelo sequestrador, e assim, o eleitor alienado não consegue ver o candidato vilão de seu partido como um ladrão do bem público mesmo se o candidato corrupto for condenado ou confessar o seu crime.
O eleitor alienado, não aceita o argumento da razão e logo relativiza os crimes de seu bandido favorito com frases rasas tipo: todos são iguais. Todo político é ladrão… etc. E assim anestesia o seu sentimento de culpa, falta de razão e ética.
No Brasil a impunidade é o maior combustível da corrupção: o ladrão do dinheiro público raramente vai preso — e, pior, quase nunca devolve o que roubou. No fim, o crime compensa. Ou será a falta de pena que compensa o crime?
Em uma versão política de Macunaíma – o herói sem caráter, a cada eleição os candidatos corruptos reaparecem como salvadores da pátria. Montam campanhas milionárias, bancadas com dinheiro do próprio povo.
No palanque, são simpáticos e generosos. Mas por trás dos sorrisos, no período eleitoral, distribuem verbas desviadas da aposentadoria dos idosos, dos remédios dos hospitais, do reparo das estradas, da escola de seu filho — tudo entregue a eleitores corrompidos que, sem consciência das consequências do mal que seu voto traz ao bem estar coletivo, ajuda a manter o ciclo da corrupção ativo, sem se sentir culpado pelo sofrimento e mortes que o desvio do dinheiro de medicamento, hospital e estradas sem manutenções provoca na comunidade. A cada eleição aparece corruptos travestidos de patriotas, prometendo salvar o Brasil… da bagunça que eles mesmos ajudaram a criar.
Se você acha que votar é só apertar uns botões e pronto, parabéns: talvez esteja ajudando a eleger seu bandido favorito, que certamente enriquecerá à custa do sofrimento dos mais necessitados.
Em Sergipe, a última pesquisa encomendada pela TAS News mostra um cenário de dar vergonha até ao mais desavergonhado. Todos os candidatos ao Senado estão em empate técnico — e isso inclui desde ficha limpa até réu confesso, passando por quem já foi condenado e voltou como se nada tivesse acontecido. A partir de agora, você só não poderá dizer que não sabia que votou em um candidato bandido, criminoso, porque a Tas News irá publicar a “ficha corrida” de cada candidato majoritário e seus cúmplices, e quem os apoia, e por quê?
É por isso que criamos o quadro “A Capivara Política dos Candidatos”: um zoológico informativo para você ver, ficha por ficha, quem são os que querem representar você.
Não é questão de ideologia, é questão de decência moral. Mas parece que o eleitor sergipano anda com a bússola moral quebrada e o senso crítico em coma profundo. Competência? Honra? Compromisso com o bem comum? Tudo isso está virando peça de museu.
Vote com consciência — ou prepare-se para chamar de “excelência” o seu bandido de estimação.
A partir de agora abriremos a caixa de Pandora de cada candidato.