O superávit comercial de US$ 1,3 bilhão que os Estados Unidos tiveram com o Brasil em junho foi o quinto mais alto individualmente entre os países com quem o país faz transações. A informação está nas planilhas que o Departamento de Comércio americano disponibilizou ao anunciar os dados da balança comercial do mês. No período, os EUA registraram um déficit global de US$ 60 bilhões, 16% mais baixo que o contabilizado em maio.
No mesmo mês de 2024, a relação comercial com o Brasil tinha sido favorável aos EUA em US$ 881 milhões.
Segundo os dados, os EUA exportaram US$ 4,9 bilhões para o Brasil em junho e importaram US$ 3,6 bilhões entre bens e serviços no mês. No acumulado do primeiro semestre, o superávit americano somou US$ 4,5 bilhões, ante US$ 2,8 bilhões no mesmo período do ano passado.
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Os dados não estão com os devidos ajustes sazonais, por isso podem diferir dos anunciado pela brasileira Secex. Segundo as informações oficiais brasileiras, o déficit com os EUA ficou em US$ 590 milhões em junho e a conta negativa alcançou US$ 1,67 bilhão em seis meses.
Não houve detalhamento pelos EUA sobre produtos específicos relacionados aos países, mas as tabelas gerais não mostram mudanças significativas até aqui na comparação com os dados de 2024. Até junho, as importações de commodities agrícolas pelos EUA somaram US$ 114,5 bilhões este ano, ante US$ 105,8 bilhões no 1º semestre do ano passado.
Sobre alguns dos principais itens que o Brasil comercializa com os EUA, também não foram registrados recuos até aqui. As compras americanas globais de carnes cresceram de US$ 7,7 bilhões para US$ 9,6 bilhões na mesma comparação. As de peixes e pescados avançaram de US$ 12,1 bilhões para US$ 13,6 bilhões e as importações de frutas e vegetais como um todo passaram de US$ 28,6 bilhões para US$ 28,8 bilhões em um ano.
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Mais uma vez, a China manteve a vantagem na relação comercial com os EUA. O Departamento anunciou um déficit de US$ 9,4 bilhões com o gigante asiático — o quinto maior entre todos os países e blocos –, mas destacou que a conta negativa foi US$ 4,6 bilhões menor entre maio e junho – provavelmente sob efeito da política comercial mais agressiva de Donald Trump.
Veja abaixo o ranking de superávits e de déficits comerciais dos EUA em junho:
Superávits em junho:
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País/bloco | Valor (em US$) |
Holanda | US$ 6,2 bilhões |
América do Sul e Central | US$ 4,4 bilhões |
Reino Unido | US$ 2,2 bilhões |
Austrália | US$ 1,6 bilhão |
Hong Kong | US$ 1,6 bilhão |
Brasil | US$ 1,3 bilhão |
Déficits em junho
País/bloco | Valor (em US$) |
México | -US$ 16,3 bilhões |
Vietnã | -US$16,2 bilhões |
Taiwan | -US$ 12,9 bilhões |
União Europeia | -US$ 9,5 bilhões |
China | -US$ 9,4 bilhões |
Japão | -US$ 5,7 bilhões |
Coreia do Sul | -US$5,5 bilhões |
Irlanda | -US$ 5,3 bilhões |
Índia | -US$ 5,3 bilhões |
Alemanha | -US$ 4,0 bilhões |
Fonte: Info Money