John Lithgow, o cardeal Tremblay, reconheceu que o timing do filme foi “oportuno” pelas mudanças sociais no mundo. “As coisas mudam profundamente, em todo o mundo [e] no zeitgeist [expressão que significa “espírito da época”], por falta de uma palavra melhor. O filme acabou sendo extremamente oportuno e […] é uma narrativa extraordinária e é sobre o organismo social elegendo um líder. E as eleições se tornaram um assunto enorme e importante da nossa época. E a eleição que ocorreu ontem na Alemanha é um evento extremamente importante agora”, disse, mencionando a eleição do conservador Friedrich Merz no país europeu.
É impossível não ver ‘Conclave’ e não pensar no que acontece quando diferentes tribos brigam entre si para decidir quem é seu líder. Essa é uma das principais razões pelas quais as pessoas estão prestando atenção em ‘Conclave’, além do fato de ser simplesmente um filme lindo, cuja narrativa não se vê mais com tanta frequência. John Lithgow
O que aconteceu
“Conclave” foi lançado em janeiro, pouco antes de uma longa internação do papa. O papa Francisco foi internado no início de fevereiro e passou 37 dias no hospital após ser diagnosticado com pneumonia. Ele recebeu alta há menos de um mês, no dia 23 de março.
O filme, que mostra a eleição de um novo papa, foi promovido enquanto a saúde de Francisco se deteriorava. A produção venceu uma série de prêmios, inclusive o Oscar de melhor roteiro adaptado, ao longo da temporada de premiações, cujo ápice se deu entre janeiro e março.
Fonte: UOL