Depois de Juliana, Lula muda lei sobre traslado de corpos

Lula mudou as regras que impediam o custeio, pelo governo federal, do traslado de corpos de brasileiros mortos no exterior. O novo decreto foi publicado nesta sexta-feira, 27, no Diário Oficial da União e abre exceção para a cobertura das despesas em casos de morte “em circunstâncias que causem comoção”.

A mudança sucede a promessa de Lula de trazer ao Brasil o corpo de Juliana Marins, jovem que morreu depois de cair em um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, um vulcão na Indonésia. O corpo foi localizado por equipes de resgate nesta terça-feira, 24, quatro dias depois do acidente.

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Juliana Marins tinha 26 anos | Foto: Reprodução/Redes sociais
O pai de Juliana, Manoel Marins, está em Bali para acompanhar o traslado do corpo ao Brasil | Foto: Reprodução/Redes sociais

O novo decreto permite que o governo custeie o traslado em quatro situações:

  • Quando a família comprovar incapacidade financeira;
  • Se não houver cobertura por seguro viagem ou contrato de trabalho;
  • Se a morte ocorrer em circunstâncias que gerem comoção;
  • Se houver disponibilidade orçamentária e financeira.

A nova regra estabelece que os critérios e procedimentos para a concessão e execução do traslado “serão regulamentados por meio de ato do Ministro de Estado das Relações Exteriores”. 

Itamaraty havia negado custeio do traslado de Juliana

O Itamaraty havia informado, na última quarta-feira, 25, que a família de Juliana arcaria com as despesas. No mesmo dia, o ex-jogador Alexandre Pato ofereceu ajuda financeira, e a Prefeitura de Niterói (RJ), cidade natal da jovem, também se dispôs a cobrir os custos.

O ex-jogador da Seleção Brasileira Alexandre Pato e a jovem Juliana Marins, que foi encontrada morta depois de cair de uma trilha | Foto: Reprodução/Redes sociaisO ex-jogador da Seleção Brasileira Alexandre Pato e a jovem Juliana Marins, que foi encontrada morta depois de cair de uma trilha | Foto: Reprodução/Redes sociais
O ex-jogador da Seleção Brasileira Alexandre Pato e a jovem Juliana Marins, que foi encontrada morta depois de cair de uma trilha | Foto: Reprodução/Redes sociais

Entretanto, na última quinta-feira, 26, Lula anunciou que revogaria o decreto nº 9.199/2017, que limitava a ajuda federal nesses casos. De acordo com a legislação, o governo não era responsável pelo custeio do traslado ou sepultamento de brasileiros falecidos no exterior. 

“Quando eu chegar em Brasília, eu vou revogar esse decreto e fazer outro para que o governo brasileiro assuma a responsabilidade de custear as despesas da vida dessa jovem para o Brasil com sua família”, afirmou. “É importante lembrar que o prefeito de Niterói, o companheiro Rodrigo [Neves], também está comprometido a tentar trazer o corpo dela e fazer um enterro decente para a família.”

Fonte: Revista Oeste

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