Demolidor: Renascido vinha entregando o que prometeu: uma trama densa e cenas de ação bem coreografadas. Matt Murdock (Charlie Cox) também parecia mais em sintonia com a fase mais madura da Marvel no Disney+. Só que o bom ritmo que a série vinha construindo desmoronou no sétimo episódio da primeira temporada, graças a Muse.
Introduzido como um dos vilões mais promissores do revival, Muse chegou com presença, mas saiu apressado demais. A série correu para encerrar seu arco com uma conclusão simplificada, sem o peso ou a tensão que o personagem merecia. A relação sombria que ele poderia desenvolver com o Rei do Crime (Vincent D’Onofrio) — que sempre rendeu ótimos embates nas HQs — foi praticamente ignorada.
Inicialmente, Demolidor: Renascido estava programado para ter 18 episódios em sua primeira temporada. No entanto, o Disney+ decidiu dividir os capítulos em dois anos. Desse jeito, a história de Muse pode ter sido encurtada para caber nessa parte da história.
Por que Muse decepcionou?
Antes de a série ser dividida em duas temporadas, a trama do vilão tinha fôlego para render bem mais. Com um desenvolvimento adequado, Muse poderia sustentar mais de quinze episódios com facilidade. Porém, a pressa em fechar o arco acabou transformando o que era promissor em apenas funcional.
No quesito decepção, a Marvel também falhou com as expectativas dos fãs sobre o retorno de Jessica Jones (Krysten Ritter). A participação da personagem movimentou as redes sociais, mas, com apenas dois episódios restantes, a presença da anti-heroína parece cada vez mais pontual e menos relevante do que se esperava.
A promessa de mais tempo de tela virou mais uma frustração em uma temporada que começou com firmeza, mas parece perder o equilíbrio perto da reta final. Demolidor: Renascido precisa ter paciência com a história para desenvolver os protagonistas e antagonistas.
No Disney+, o próximo episódio da série estreia nesta terça-feira (8), às 22h (horário de Brasília).
Fonte: UOL
