A Câmara dos Deputados sediará, no próximo dia 9 de setembro, audiência pública para discutir como a adoção em larga escala da cirurgia ambulatorial pode ajudar a desafogar o Sistema Único de Saúde (SUS).
O encontro, que contará com a participação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Ambulatorial (Sobracam), busca demonstrar que procedimentos de baixa e média complexidade, realizados em regime ambulatorial, podem contribuir para reduzir as filas de espera por cirurgias eletivas, um dos principais gargalos da saúde pública no país.
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Política nacional em debate
A sessão foi aprovada pela Comissão de Saúde da Câmara, presidida pelo deputado Zé Vitor, a partir de requerimento do deputado Dr. Francisco. O tema escolhido — “Política Nacional de Cirurgia Ambulatorial: é possível erradicar as filas de espera por cirurgias no SUS?” — coloca em debate a criação de uma política pública estruturada para o setor.
A proposta parte do diagnóstico de que a maioria dos procedimentos represados no SUS é de baixa e média complexidade, não oncológicos, justamente aqueles que poderiam ser realizados em regime ambulatorial.
Segundo a justificativa do requerimento, além de reduzir tempos de espera e aumentar a satisfação do paciente, uma política nacional voltada para esse modelo pode trazer ganhos de eficiência e ampliar o acesso em todas as esferas governamentais — federal, estadual e municipal — fortalecendo o SUS como um todo.
O papel da Sobracam no debate
Para Fabricio Galvão, presidente da Sobracam, a audiência representa um momento decisivo.
“Este é um marco importante para a Sobracam e o desenvolvimento da cirurgia ambulatorial no Brasil, pois representa mais do que o avanço de uma política de saúde, sendo também o avanço de uma política de cidadania. A cirurgia ambulatorial tem o poder de transformar a saúde pública, reduzir drasticamente as filas cirúrgicas e oferecer à população brasileira mais acesso, qualidade e segurança”, explica o presidente.
Galvão, ao lado do diretor de relacionamento com o setor público da Sobracam, Fábio Soares, fará parte da mesa de palestrantes da audiência. Também foram convidados representantes estratégicos, como o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Saúde e o Conasems, o que deve ampliar o alcance e a relevância do debate.
O evento permitirá participação tanto presencial quanto virtua, ampliando as condições para um diálogo plural. A audiência pública será realizada no dia 9 de setembro de 2025, às 17h, no Plenário 7, Anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).