Cillian Murphy denuncia subvalorização de professor em filme

“Max e eu somos bons amigos. Max teve a ideia de adaptar o livro, mas mais do que adaptar o livro, ele queria adaptar o mundo do livro”, explicou o ator, detalhando a fusão das perspectivas do jovem Shy (Jay Lycurgo) e de Steve (Cillian Murphy), um personagem secundário no romance original. “Eles estão meio que orbitando um ao outro, cada um tentando alcançar o outro, e não conseguem, ao longo de 24 horas”.

Para Murphy, que vem de uma família de professores, o papel foi um despertar sobre a realidade educacional.

Senti uma responsabilidade enorme para com aquela comunidade que faz esse trabalho todos os dias. Eles são mal pagos, subvalorizados, mas estão lá se segurando, fazendo o melhor trabalho possível.
Cillian Murphy

O ator foi categórico sobre sua abordagem de atuação. “Quis ser o mais verdeiro e honesto possível na representação. Não para endeusar o personagem, nem para torná-lo um vilão, mas para mostrar que essas pessoas — professores, cuidadores, assistentes sociais — também estão lutando. Tudo vem do melhor lugar possível, tudo é feito com amor. É uma vocação, não somente um trabalho.”

Só comecei a refletir realmente sobre o trabalho dos meus pais quando começamos este projeto. Eles lidavam com adolescentes o dia todo, com todas aquelas emoções e energias na sala de aula, e depois voltavam para casa e lidavam com nós quatro. Meu respeito por eles cresceu massivamente com este projeto.
Cillian Murphy

O ator ainda citou um professor que foi fundamental em sua formação. “Tive um professor de inglês, quando tinha uns 15 anos, que realmente abriu o potencial do teatro e da poesia para mim. Ele tornou Shakespeare real e vital. Esse tipo de professor é transforma a vida da gente.

Fonte: UOL

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