O Austa Hospital, de São José do Rio Preto (SP), recebeu a certificação Ouro do WSO Angels Awards, concedida pela Organização Mundial do AVC (World Stroke Organization), em reconhecimento à excelência no atendimento a pacientes com acidente vascular cerebral (AVC).
A conquista reflete o compromisso do hospital com a agilidade e a resolutividade no cuidado a uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil e no mundo. “Essa certificação é extremamente gratificante para toda a nossa equipe. Representa o reconhecimento internacional da qualidade do cuidado que oferecemos aos nossos pacientes, com foco no bem-estar e na redução de sequelas”, afirma Ronaldo Gonçalves, diretor do Austa Hospital.
A cada minuto sem tratamento, um paciente com AVC pode perder até 2 milhões de neurônios. No Brasil, uma pessoa morre a cada 7 minutos vítima da doença, segundo o Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil — já são mais de 34 mil mortes nos primeiros cinco meses de 2025. Globalmente, o AVC matou mais de 7 milhões de pessoas entre 1990 e 2021, com projeções de quase 10 milhões até 2050, segundo a Global Stroke Action Coalition.
Protocolo estruturado e metas alcançadas
O Austa estruturou um protocolo específico para o atendimento ao AVC em fase hiperaguda, com treinamentos intensivos para equipes clínicas, assistenciais e administrativas. A neurologista Marina Mamede destaca que o hospital também implantou indicadores de desempenho, ferramentas de qualidade e visitas de monitoria contínuas. “Isso nos permitiu mensurar resultados, consolidar melhorias e atingir as metas exigidas para a certificação”, explica.
A iniciativa Angels, que chancela o selo, é promovida em mais de 100 países pela Organização Mundial do AVC em parceria com a farmacêutica Boehringer Ingelheim. O programa apoia gratuitamente os hospitais na implementação de protocolos personalizados de atendimento.
Tempo como fator decisivo
O tempo é determinante no tratamento do AVC. No tipo isquêmico, o mais comum, a administração de trombolítico — medicamento que dissolve o coágulo — pode reverter o quadro ou reduzir sequelas se aplicada em até 4,5 horas após o início dos sintomas. “Mesmo dentro desse intervalo, cada minuto faz diferença. A agilidade no atendimento é crucial para o prognóstico do paciente”, reforça Marina.
