[Atenção! Este texto contém spoilers do documentário ‘Número Desconhecido: Catfishing na Escola’]
O novo documentário da Netflix, “Número Desconhecido: Catfishing na Escola”, se tornou um dos assuntos mais comentados dos últimos dias, especialmente por sua história chocante. A obra é centrada no assédio real sofrido por Lauryn Licari, uma jovem de 13 anos, e seu namorado, Owen McKenny, através de mensagens hostis e ameaçadoras, em Michigan, nos EUA.
Ao longo da produção, o público descobre que a autora dos recados era Kendra Licari, mãe da adolescente. Ela topou participar do longa de Skye Borgman, após se declarar culpada de duas acusações de perseguição a menores de idade e cumprir pena de 19 meses de prisão pela prática de cyberbullying.
Em entrevista ao site Tudum, da Netflix, Borgman revelou por que a mulher que enganou a própria filha por anos concordou em participar da produção. “Foi um longo processo com a Kendra“, contou a diretora, explicando que a mãe viu uma oportunidade para “contar sua história da sua perspectiva”. “Ela queria fazer, acho, pela filha dela“, declarou.
A diretora também contou à revista Variety que Kendra estava “nervosa em falar na frente das câmeras, porque simplesmente sentar e contar a sua história é algo estressante“. “Mas ela foi ótima e acabou amando a experiência. No fim, ela disse, inclusive, ter achado divertido“, afirmou.
“Ela riu sobre algumas coisas, e acho que foi uma oportunidade para ela pensar com mais profundidade sobre tudo o que aconteceu. Toda vez que eu fazia uma pergunta, ela realmente precisava pensar em algumas coisas. Acho que isso foi muito bom para ela“, disse Borgman.
O documentário
No documentário, Kendra tentou explicar o que a levou a enviar mensagens ameaçadoras para a filha e o então genro a partir de um número desconhecido. Segundo a mulher, o primeiro recado recebido por Lauryn, após uma festa de Halloween, em outubro de 2020, não foi enviado por ela.
“Eu comecei com a intenção de precisar de algumas respostas, e então fui indo, foi uma espiral, meio que um efeito bola de neve, acho que não sabia como parar. Eu era uma pessoa diferente nesses momentos. Estava em um lugar horrível mentalmente. Era como se eu estivesse com uma máscara ou algo assim, nem sabia quem eu era“, alegou.
Kendra chegou a mandar 50 mensagens por dia para a filha e o namorado. Ela xingava o adolescente e até sugeriu que Lauryn cometesse suicídio. Depois de 22 meses de investigações, a polícia chegou ao nome dela e a prendeu em sua própria casa, onde acabou confessando o crime. Kendra cumpriu a pena, mas está impedida de se aproximar da filha, por determinação da Justiça.
Apesar disso, Lauryn disse no documentário que não descarta a possibilidade de se reaproximar da mãe no futuro. Ela e Owen não continuaram o relacionamento, nem se falam mais.
Assista ao trailer:
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Fonte: UOL
