BC quer ampliar prazo de bloqueio de transações para maior análise dos bancos

Em mais um capítulo do reforço de segurança proposto pelo Banco Central para mitigar as brechas de segurança causadas por ataques hacker, a autarquia agora mira na ampliação do prazo de bloqueio de transações de grandes quantias. Isso significaria mais tempo para a análise dessas operações por parte das instituições financeiras. As informações são da Folha de S.Paulo.

Atualmente, a regra em vigor aponta que cada transação pode ficar uma hora em “compasso de espera” até ser finalizada. Isso depende de cada instituição, que estabelece o valor de acordo com o perfil do cliente.

A ideia do BC é que, com mais tempo para a análise até a transação ser efetivada, as instituições financeiras vão poder checar a origem do dinheiro a ser transferido, para não correr o risco dos recursos serem ilícitos.

De acordo com a Folha, a autarquia ainda não estabeleceu de quanto serão as transações que passarão pela nova regra ou qual o novo tempo de análise.

Força-tarefa por mais segurança

No começo deste mês, o BC anunciou mudanças regulatórias para reduzir riscos de ataques ao sistema de pagamentos do país e coibir ações do crime organizado no sistema financeiro, incluindo a criação de um teto para transferências de recursos via Pix e TED para parte das fintechs.

Foi criado um limite máximo de R$15 mil para transferências bancárias, incluindo Pix e TED, para instituições de pagamento não autorizadas e para aquelas que se conectam ao sistema financeiro via PSTIs.

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De acordo com o presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, a medida impedirá repasses vultosos em uma única transação, como nos casos dos ataques deste ano, que movimentaram centenas de milhões de reais. A ideia é facilitar a identificação do radar do BC se criminosos tentarem fazer várias operações altas simultaneamente.

Segundo ele, essa limitação não alcançará 99% das transferências feitas hoje por empresas. Além disso, a trava vai atingir apenas 3% das contas existentes no sistema financeiro.

*Com Reuters

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Fonte: Info Money

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