Assaí e Atacadão lideram ranking de marcas mais valiosas do varejo alimentar

As redes de varejo alimentar Assaí (ASAI3) e Atacadão, do Carrefour (CRFB3), são as duas marcas mais valiosas do setor no Brasil. Amparadas em sua presença nacional, as empresas atribuem o resultado à expansão de suas operações pelo Brasil.

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Mix Mateus, Supermercados BH e Pão de Açúcar (PCAR3) fecham o top 5 entre as marcas de supermercados mais valiosas do País. O ranking das marcas brasileiras mais valiosas do segmento foi elaborada em parceria entre TM20 e InfoMoney, em conjunto com Brazil Panels e Elos Ayta.

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Confira a lista completa das marcas mais valiosas do varejo alimentar e seu valor (R$):

Posição Marca Valor de marca (R$)
Assaí R$ 12,18 bilhões
Atacadão R$ 11,35 bilhões
Mix Mateus R$ 2,81 bilhões
Supermercados BH R$ 1,90 bilhão
Pão de Açúcar R$ 1,73 bilhão
Fort Atacadista R$ 1,21 bilhão
Super Muffato R$ 1,15 bilhão
Supermercados Mateus R$ 1,05 bilhão
Zaffari R$ 930 milhões
10ª Mart Minas R$ 900 milhões
11ª Supermercados Condor R$ 830 milhões
12ª Guanabara R$ 800 milhões
13ª Max Atacadista R$ 750 milhões
14ª Atakarejo R$ 570 milhões
15ª Angeloni R$ 430 milhões

Na liderança, o Assaí apresenta força de marca, com alto conhecimento, boa consideração e confiança. Seu posicionamento, contudo, está ancorado em baixos preços, o que reduz a sua contribuição de marca seja baixa.

Este termo, contribuição de marca, representa o percentual das vendas da empresa que seria perdido, se não fosse a marca. Já o termo “força da marca” representa o tamanho dela, como seu conhecimento e consideração em cada região. O valor da marca, por sua vez, é a mensuração financeira de sua influência nos resultados do negócio.

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A vez dos atacarejos?

Segundo o CEO da TM20 Branding, Eduardo Tomiya, redes de atacado como Assaí e Atacadão ocuparam uma presença de mercado que antes era dos hipermercados. “São redes nacionais, ambas com uma rentabilidade fora de série. É um misto de escala e valor de mercado, uma vez que são duas empresas de capital aberto”, diz.

Os “cash & carry”, ou simplesmente atacarejo, tomaram o espaço de grandes marcas de supermercado nos últimos anos. Foi nesse período em que grandes redes como Assaí e Atacadão se pulverizaram pelo País.

No topo do ranking, o Assaí inaugurou mais de 120 lojas em regiões tratadas como estratégicas: grandes centros urbanos e regiões densamente povoadas. “Isso ampliou significativamente nossa capilaridade e presença de marca”, diz a CMO do Assaí, Marly Yamamoto. A operação da rede tem 302 lojas em todas as regiões do país.

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Segundo a executiva, a companhia usa inteligência regionalizada, como dados de comportamento do consumidor e insights locais, para direcionar campanhas e ações promocionais. “É fundamental garantir que as ações de marketing sejam relevantes, segmentadas e culturalmente conectadas às regiões.”

Em 2007, o Atacadão foi adquirido pelo Grupo Carrefour Brasil e intensificou sua expansão nacional. A rede diz ter também ampliado investimentos em tecnologia, logística e estrutura operacional, bem como diversificado seu mix de vendas.

“Atribuímos esse reconhecimento à nossa ampla presença nacional — somos a única rede de ‘cash & carry’ presente em todos os estados do Brasil, com 382 lojas de autosserviço e 36 unidades de atacado de entrega e centros de distribuição, alcançando 95% dos municípios brasileiros”, destaca o CEO do Atacadão, Marco Oliveira.

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Para ele, essa capilaridade é o que permite à companhia atender um grupo amplo de clientes, desde pequenos comerciantes e empreendedores até consumidores finais.

Entre os atributos de imagem mencionados na pesquisa, “acessível” é mencionado nos dois casos. “Confiável e ética” e “líder” são outras características mencionadas.

Varejo alimentar

O setor de varejo alimentar apresenta um múltiplo de valor de empresa por EBITDA (lucro antes de despesas financeiras, depreciação e amortização) de 5,7x, praticamente em linha com a mediana do Ibovespa (5,71x), indicando uma precificação neutra em relação à média do mercado, aponta Einar Rivero, da Elos Ayta.

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“Embora abaixo de setores mais defensivos como energia elétrica (7,10x) e transporte (6,86x), ainda se posiciona acima de segmentos mais descontados, como telecomunicações (4,12x) e viagens e lazer (4,03x)”, diz. “Isso reflete uma percepção de equilíbrio entre risco e estabilidade, com investidores atribuindo ao varejo alimentar um perfil resiliente, embora com desafios em margens e concorrência.”

A pesquisa

O estudo foi feito com consumidores do varejo alimentar, considerando supermercados e “cash & carry”, em cinco regiões do Brasil. “Pela primeira vez comparamos para esta categoria marcas nacionais, como Assaí, Atacadão e Pão de Açúcar, com marcas locais fortes, como Grupo Mateus, Supermercados BH e Zaffari”, explica Tomiya.

A pesquisa ouviu 500 pessoas das classes A, B, C, D e E nas cinco regiões do Brasil. Os entrevistados são estimulados com 30 marcas, baseadas em uma pesquisa de mercado elaborada pela TM20 e realizada pela Brazil Panels.

“A Brazil Panels utiliza entrevistas web (CAWI) em nossa plataforma exclusiva e proprietária, combinando rigor e agilidade para captar o que realmente move os consumidores”, diz o CEO da Brazil Panels, Claudio Vasques.

Fonte: Info Money

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