O cineasta lembrou ainda que países como a Espanha também convivem com lacunas dolorosas, no caso deles relacionadas ao franquismo. Para ele, “O Agente Secreto”, nesse sentido, se torna mais do que um thriller: é um comentário sobre a dificuldade que nações têm de lidar com seus próprios fantasmas.
O resultado, segundo Kleber, não deve ser confundido com uma narrativa de superação. Ao contrário, o filme seria uma espécie de constatação amarga, um lembrete de que a memória nacional, em vez de consolidada, continua esfacelada e incômoda.
No Brasil, o filme promete levantar debates sobre memória e identidade, enquanto no exterior já chama atenção. Após a exibição no Festival de Telluride, ganhou destaque em revistas como Variety e Hollywood Reporter, sendo apontado como possível candidato brasileiro ao Oscar em categorias de peso.
Fonte: UOL