O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), tenta mobilizar as principais lideranças da Casa para votar o PDL (Projeto de Decreto Legislativo) que derruba o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) assim que a Câmara dos Deputados aprovar a medida.
Os deputados devem votar o PDL nesta quarta-feira (25) e a intenção dos senadores é fazer uma sessão logo na sequência.
A tentativa de Alcolumbre vem na esteira do gesto do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que divulgou nas redes sociais que colocaria o texto na pauta.
A postagem de Motta foi feita às 23h35 da terça-feira (24) e o Palácio do Planalto alega que foi pego de surpresa.
Governistas já veem a derrota como certa e apontam que não foram comunicados previamente. No PT, a leitura é de que o assunto poderia ficar para o debate da medida provisória com alternativas ao IOF, depois do recesso de julho. A escolha do deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) também irritou petistas.
Aliados de Motta negam que algo de extraordinário tenha acontecido para que a decisão fosse comunicada já tarde de noite, sem aviso prévio.
Na leitura de governistas, o gesto de Motta demonstra uma chateação com falas recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), criticando o aumento de números de deputados; a polêmica em torno da derrubada de vetos que encareceram a conta de luz; o desgate por conta de emendas parlamentares.
