Para os diretores Chris Appelhans e Maggie Kang, a trajetória do filme foi “assustadora”. Kang comparou a experiência a criar um filho: “No começo, você fica: ‘Ok, espero que as pessoas gostem de você. Espero que você fique bem’. E agora estamos: ‘Somente vá. Viva sua vida'”. Appelhans complementou, destacando o poder do “boca a boca” na plataforma de streaming, que permitiu ao filme construir um público semana após semana, impulsionado pela paixão e pela especificidade do material que ressoou com os fãs.
A conexão com o público vai além dos números. Ejae, a voz cantada da personagem Rumi e compositora de “Golden”, se emocionou ao relatar uma mensagem que recebeu: uma fã, enlutada pela perda de um parente, encontrou consolo e um sorriso ao assistir ao filme repetidamente. “A música a ajudou, e isso é algo grandioso”, disse.
O processo de criação musical foi um dos tópicos mais destacados por Ejae, que revelou que a melodia principal de “Golden” surgiu de forma espontânea, no carro, a caminho do dentista. “Cantei a melodia e não percebi que seria tão aguda”, brincou. A diretora Maggie Kang contou que, ao ouvir a demo enviada pelo diretor musical Ian Eisendrath, começou a chorar no carro a caminho do aeroporto. “Eu sabia que era ‘a’ música”, afirmou.

A vulnerabilidade necessária para dar vida aos personagens também foi crucial. Rei Ami, voz de Zoey, explicou que canções como “What It Sounds Like” exigiam que ela abandonasse uma “fachada forte” e fosse brutalmente honesta, uma jornada emocional que a fez chorar de frustração durante as gravações. “A música me salvou”, confessou.
Fonte: UOL