A aposta do Hamas num acordo com Israel não oferece garantia de fim da guerra

Numa ação arriscada, o movimento islâmico anunciou durante a noite, de quarta-feira, 8 de outubro, para quinta-feira, 9 de outubro, no Egito, que libertaria todos os seus reféns na esperança de acabar com a guerra em Gaza, abrindo mão da sua única moeda de troca. Os seus líderes saudaram um acordo que permitiria “o fim da guerra em Gaza, a retirada das forças de ocupação (do enclave), a entrada de ajuda (humanitária) e uma troca de prisioneiros”, previsto para se prolongar até segunda-feira. No entanto, nada nas declarações iniciais de Donald Trump sugeria uma retirada israelita ou um fim duradouro garantido para a guerra. O presidente americano nem sequer mencionou um cessar-fogo.

Os negociadores reunidos desde 6 de outubro em Sharm el-Sheikh passaram dois dias trocando exigências, algumas delas mutuamente exclusivas. O governo israelita apenas autorizou os seus representantes a negociar os termos práticos da libertação dos reféns e de uma retirada militar parcial em Gaza, tal como definido com Washington, e sem consulta aos palestinianos. Na manhã de quarta-feira, o responsável do Hamas, Taher Al-Nunu, disse que o movimento tinha nesse mesmo dia apresentado uma lista de detidos palestinianos que ele queria libertar das prisões israelitas – uma lista que não se esperava que fosse finalizada até às horas finais das conversações e que, na manhã de quinta-feira, permanecia desconhecida.

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Fonte: Le Monde

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