(Wilson Melo / Agência Petrobras)
A ação bilionária movida pela Sete Brasil Participações e suas subsidiárias contra a Petrobras (PETR4) representa um novo potencial ruído para a estatal, disse a Genial Investimentos nesta segunda-feira (9).
O processo, que busca reparação por supostos prejuízos ligados ao “Projeto Sondas”, tem valor atribuído de R$ 36 bilhões.
Para a Genial, embora não haja impacto contábil imediato — já que a Petrobras rejeita as acusações e o prazo de contestação ainda nem começou —, o tamanho da cifra em discussão é significativo o bastante para gerar pressão sobre os papéis no curto prazo.
A corretora classifica o impacto como neutro no momento, mas recomenda atenção ao desenrolar do caso.
Por volta das 13h40 desta segunda-feira, os papéis da estatal 1%, a R$29,29, com o corte de recomendação do Santander, em um dia negativo para o mercado por conta das notícias sobre medidas para mudanças no decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Em comunicado, a Petrobras afirmou que considera as alegações improcedentes e que o ajuizamento da ação não afetará as demonstrações financeiras do segundo trimestre de 2025.
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Petrobras diz que alegações são ‘improcedentes’
Na sexta, ao informar a ação da Sete Brasil, a Petrobras afirmou que considera as alegações improcedentes, disse que não reconhece responsabilidade pelos prejuízos alegados e que irá se defender “firmemente” no processo, assim que iniciado o prazo legal para contestação.
A Sete Brasil foi criada em 2010 para gerenciar a construção de sondas voltadas à exploração do pré-sal em parceria com a Petrobras, contando com apoio de grandes fundos de pensão e bancos. Envolvida na Operação Lava Jato e com graves dificuldades financeiras, entrou em recuperação judicial em 2016 e teve sua falência decretada em 2024.
Mesmo assim, a empresa continua existindo juridicamente enquanto o processo de falência não se encerra, permitindo que a massa falida, sob gestão do administrador judicial, proponha ações para tentar recuperar valores e pagar credores — como é o caso da ação atual contra a Petrobras.